Saúde

Quais os sinais que o corpo dá instantes antes da morte? Especialistas revelam

Conheça as mudanças no corpo durante a fase final e qual o melhor jeito de lidar com elas com tranquilidade

Agência Diário

Publicado em 16/09/2025 às 09:03

Atualizado em 18/09/2025 às 11:25

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Médicos explicam como identificar os sinais que antecedem o fim da vida / Freepik

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Perda de apetite, sonolência intensa, pele fria e respiração ruidosa. O corpo em fim de vida apresenta sinais claros, e reconhecê-los pode ajudar a tornar a despedida mais humana e acolhedora.

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Mesmo sendo inevitável, a morte ainda é um tabu. Para especialistas, compreender suas fases pode evitar procedimentos invasivos e aliviar quem parte. “É um instante sagrado, que parece fora do tempo normal”, resume a médica Ana Claudia Quintana Arantes, em entrevista ao G1.

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Profissionais de cuidados paliativos alertam que até médicos podem se atrapalhar nessa etapa. Mas, quando há informação, a experiência pode ser mais tranquila para todos os envolvidos.

O cérebro na hora da morte

O cérebro dá muitos sinais de que o fim da vida está próximo. Confira na galeria abaixo alguns deles:

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O cérebro é cada vez mais estudado por médicos e especialistas / Pexels
O cérebro é cada vez mais estudado por médicos e especialistas / Pexels
Esses estudos abrem caminho para entendermos um pouco mais desse complexo órgão / Pexels
Esses estudos abrem caminho para entendermos um pouco mais desse complexo órgão / Pexels
No fim da atividade, a falta de oxigênio e nutrientes causa um desequilíbrio eletroquímico nas células cerebrais / Pexels
No fim da atividade, a falta de oxigênio e nutrientes causa um desequilíbrio eletroquímico nas células cerebrais / Pexels
Na sequência, os neurônios entram em um "tsunami cerebral", um colapso eletroquímico chamado que causa a destruição celular e, então, vem o fim da atividade cerebral organizada / Pexels
Na sequência, os neurônios entram em um "tsunami cerebral", um colapso eletroquímico chamado que causa a destruição celular e, então, vem o fim da atividade cerebral organizada / Pexels
Com a destruição celular, a atividade cerebral se silencia e a consciência deixa de funcionar / Pexels
Com a destruição celular, a atividade cerebral se silencia e a consciência deixa de funcionar / Pexels

O corpo se prepara para parar

Nos dias ou horas finais, o corpo perde força. O sistema digestivo desacelera, a fome e a sede desaparecem e a ida ao banheiro se torna menos frequente. A comparação é com o desligar das luzes de um prédio.

A pele mostra sinais visíveis: palidez, frio nas extremidades e até coloração azulada. Mesmo sonolenta, a pessoa pode se beneficiar de conversas e carícias, já que a audição e o tato permanecem ativos.

“Mesmo frágil, esse corpo pesa como o mundo”, diz Arantes. Para os médicos, compreender essas transformações evita medidas inúteis e abre espaço para mais cuidado e serenidade.

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O Canal BBC News Brasil postou um vídeo com detalhes do que acontece com o corpo humano no instante da morte:

O ressecamento do corpo

Outra marca é a perda de umidade. Olhos e boca ficam secos, a saliva diminui e a pele pode rachar. Molhar os lábios, usar colírio e hidratar a pele são pequenos gestos que trazem grande alívio.

A dor, quando aparece, pode se intensificar. “Nas últimas horas de vida, ela pode descompensar e o paciente fica agitado”, explica o médico Arthur Fernandes ao G1. Nesse caso, medicamentos como a morfina garantem conforto.

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O preparo da família é essencial. Ter as medicações prescritas e apoio profissional facilita o controle dos sintomas e reduz sofrimentos desnecessários.

A breve melhora antes do fim

Muitos pacientes passam por um momento chamado de “melhora da morte”. A pessoa volta a falar, pede comida ou demonstra mais energia, surpreendendo familiares e amigos.

“O paciente pode sair da sonolência para rever alguém querido”, conta Fernandes. Esse período abre espaço para gestos de afeto, despedidas e reconciliações, ainda que dure pouco.

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Não é sinal de cura. Segundo Arantes, exames e intervenções nessa fase apenas roubam tempo precioso. “Esse é o momento de deixar sua marca para as pessoas que você ama”, reforça.

O último suspiro

Na fase final, a respiração muda e pode soar irregular ou ruidosa. O ronco alto, apesar de impactante, não significa sofrimento, mas apenas o acúmulo de secreções no corpo.

Esse é o instante derradeiro. “Você devolve o sopro sagrado recebido ao nascer. Essa última expiração é um presente”, reflete Arantes. Após isso, coração e cérebro param em silêncio.

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Para Fernandes, precisamos falar mais sobre esse processo. “A morte não é o oposto da vida, mas do nascimento. Já a vida é tudo aquilo que existe nesse tempo bonito que temos para viver.”

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