Rostos sem rugas: Por que os jovens estão aplicando botox? / Reprodução/Pexels
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Não é novidade que cada vez mais jovens são afetados pela pressão estética em busca de corpos e rostos padronizados. O aumento na procura por procedimentos estéticos e cirurgias entre adolescentes e jovens adultos reflete um novo conceito de “beleza ideal”. A polêmica já se arrasta desde 2017.
Um movimento apelidado de “Baby Botox” ganhou popularidade nas redes sociais, com diversos perfis relatando os supostos benefícios do botox preventivo, aplicação da toxina botulínica para retardar sinais de envelhecimento e evitar o surgimento de rugas.
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Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o botox preventivo é atualmente o procedimento estético mais realizado entre pessoas de 18 a 30 anos, registrando crescimento de 300% nos últimos três anos.
Em alguns casos, adolescentes de apenas 13 e 14 anos também têm recorrido ao procedimento.
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É importante lembrar que a Justiça já proibiu os dentistas de aplicar botox em pacientes.
A toxina botulínica é um composto injetável que, na medicina estética, reduz ou elimina rugas faciais, proporcionando aparência mais jovial. Além do uso estético, também é indicada no tratamento de doenças neurológicas e oftalmológicas.
De acordo com profissionais da saúde, não existe idade mínima definida para o uso, mas cada caso precisa passar por avaliação médica. A aplicação deve ser feita por especialistas habilitados, com acompanhamento para reduzir riscos.
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Influenciadoras como Julia Petroni (15 anos), Mel Maia (20 anos) e Duda Guerra (17 anos) já aderiram à tendência, compartilhando em suas redes experiências com o botox e outros procedimentos estéticos.
Apesar da popularidade, especialistas alertam para os riscos em menores de 18 anos, especialmente pelas questões psicológicas envolvidas na pressão estética. Além disso, o botox é contraindicado em pacientes com algumas doenças neurológicas, uso de antibióticos específicos ou infecção no local da aplicação.
Estudos sobre os impactos do botox em pessoas muito jovens ainda estão em andamento, o que torna seus riscos pouco claros. A comunidade médica aponta possíveis complicações como queda da pálpebra, alteração no sorriso, flacidez das bochechas, sequelas em aplicações excessivas e até comprometimento de músculos faciais.
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Ainda assim, o botox pode trazer benefícios quando bem indicado, especialmente em tratamentos de tiques, estrabismo e tremores faciais.
Para esclarecer o tema, a médica Talita Rodrigues publicou um vídeo explicativo abordando os riscos e cuidados do chamado botox preventivo. Confira abaixo.
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