Começar cedo a se prevenir aumenta as chances de envelhecer com autonomia / Freepik
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Com o passar do tempo, atividades simples como levantar-se de uma cadeira, subir escadas ou andar alguns metros podem parecer mais cansativas.
O envelhecimento, que traz tantos preconceitos para as pessoas, reduz naturalmente a mobilidade, mas isso não significa que não existam formas de agir para manter independência e flexibilidade.
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Especialistas ouvidos pelo jornal Toronto Star destacam que hábitos adequados são fundamentais. A professora assistente Naomi Steenhof, da Universidade de Toronto, lembra que a mobilidade está diretamente ligada à independência:
“Para muitos idosos, essa é a diferença entre continuar vivendo sozinhos ou precisar de ajuda em instituições. Quando a mobilidade é perdida, até tarefas básicas como fazer compras ou subir escadas podem deixar de ser possíveis.”
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Segundo os profissionais, começar cedo aumenta as chances de evitar rigidez, mas mesmo aqueles que já apresentam limitações podem ganhar melhora com ajustes de estilo de vida.
Mesmo em pessoas saudáveis, músculos, ossos e articulações sofrem mudanças. O médico Shane Journeay, do Providence Healthcare de Scarborough, explica:
“Ligamentos e tendões ficam menos flexíveis, articulações e cartilagens reduzem a lubrificação e podem desenvolver artrite, a massa muscular tende a diminuir e os ossos se tornam mais frágeis, aumentando o risco de fraturas.”
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Além disso, alterações graduais no sistema nervoso, na visão e na cognição afetam o equilíbrio. Doenças como Parkinson e sequelas de AVC podem intensificar ainda mais esse processo.
Steenhof também cita a perda de visão e audição, além de medicamentos que provocam fadiga ou instabilidade, como fatores que ampliam o risco de quedas.
O resultado é um ciclo negativo: a rigidez dificulta os movimentos, isso leva ao sedentarismo, que por sua vez agrava ainda mais a rigidez.
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O Canal do YouTube iSaúde Bahia postou um vídeo explicando as alterações corporais durante o envelhecimento:
A boa notícia é que adotar um estilo de vida ativo é altamente eficaz, o que pode ajudar até a combater doenças como a depressão. O diretor médico Lindy Romanovsky, do Instituto de Reabilitação de Toronto, destaca que quanto antes começar, melhor, mas nunca é tarde.
“Até caminhadas leves, dentro do prédio ou pelo quarteirão, já fazem diferença. Não estamos pedindo que ninguém corra maratonas”, disse.
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Quem tem acesso pode apostar na hidroginástica, que alia baixo impacto com socialização.
Atividades como tai chi e ioga também são indicadas, pois fortalecem o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em pessoas mais velhas. Diversos centros comunitários oferecem essas práticas.
Steenhof ainda ressalta que cuidar da visão e da audição também contribui: óculos bem ajustados ou aparelhos auditivos melhoram tanto a estabilidade quanto a mobilidade.
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Journeay recomenda que, ao notar rigidez afetando tarefas diárias, a pessoa procure médico ou fisioterapeuta. Eles podem sugerir exercícios adaptados ou indicar equipamentos de apoio.
Com prática regular de exercícios, fortalecimento do equilíbrio, atenção aos sentidos e acompanhamento médico, é possível preservar boa parte da mobilidade.
O segredo está em unir prevenção e continuidade: começar cedo traz mais chances de chegar à velhice com autonomia, mas mudanças podem ser feitas em qualquer momento da vida.
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O fundamental é não se render ao sedentarismo e manter o corpo ativo.