Estudos recentes mostram que o envelhecimento não acontece no mesmo ritmo ao longo de nossa vida / Vlada Karpovich/Pexels
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Conforme os anos avançam, o envelhecimento começa a dar as caras. Por mais que muitos optem por procedimentos estéticos e tentem disfarçar tudo de alguma forma, não existe (pelo menos por enquanto) como evitar que a velhice apareça.
Só que estudos recentes mostram que o envelhecimento não acontece no mesmo ritmo ao longo de nossa vida. Entretanto, existem determinadas idades em que o processo começa a se acelerar.
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Inclusive, uma cidade no litoral de São Paulo foi considerada o melhor lugar para se envelhecer.
Pesquisas indicam que o corpo passa a ter uma deterioração biológica mais intensa por volta dos 44 e 60 anos. Mesmo assim, ainda existem algumas questões desconhecidas sobre como o envelhecimento afeta os órgãos do corpo.
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Segundo o pesquisador da Academia Chinesa de Ciências, Guang-Hui Liu, em fala divulgada pelo Medical News Today, por mais que o envelhecimento seja um processo degenerativo que acontece em vários órgãos e níveis biológicos, ele continua sendo uma das perguntas mais profundas e sem respostas na ciência.
O pesquisador também é autor principal de um novo estudo publicado recentemente na revista Cell, que mostra que a análise das alterações em proteínas relacionadas ao envelhecimento pode fornecer uma visão mais clara de como os órgãos e outros tecidos envelhecem ao longo do tempo.
Esse estudo identificou, entre outros pontos, uma aceleração do envelhecimento por volta dos 50 anos.
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De acordo com Liu, independentemente do resultado, duas questões ainda permanecem: todos os sistemas do corpo seguem um ritmo único de envelhecimento? Existe um "ponto central" que coordena o envelhecimento em todo o corpo? As respostas para essas perguntas ainda não foram reveladas.
Para a realização do estudo, foram analisadas 516 amostras de 13 tecidos diferentes, provenientes de 76 doadores de órgãos com idades entre 14 e 68 anos que faleceram devido a lesão cerebral.
As amostras incluíam tecidos do sistema cardiovascular, digestivo, respiratório, endócrino e musculoesquelético, além de amostras do sistema imunológico, pele e sangue.
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Com base nos dados, os pesquisadores mapearam as proteínas encontradas nos tecidos, criando o que Liu chamou de “atlas proteico do envelhecimento”.
Este vídeo abaixo explica como acontece o envelhecimento no cérebro:
Os resultados mostraram que as mudanças mais intensas no envelhecimento dos órgãos e tecidos acontecem por volta dos 50 anos. Além disso, a equipe de Liu observou que 48 proteínas relacionadas a doenças como cardiovasculares, infiltração gordurosa no fígado, fibrose e tumores hepáticos aumentam com a idade.
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“O envelhecimento dos órgãos é a essência das doenças crônicas. Cada condição geriátrica é apenas uma manifestação específica desse processo mais profundo”, acrescentou Liu.
O cardiologista intervencionista no Memorial Care Saddleback Medical Center (Califórnia), Dr. Cheng-Han Chen, comentou que o estudo enfatiza como as alterações proteicas relacionadas ao envelhecimento parecem acelerar por volta dos 50 anos, dependendo do tecido.