Os 'assassinos silenciosos': 7 tipos de câncer que não apresentam sintomas

O câncer segue sendo uma das doenças que mais causam apreensão, sobretudo porque alguns tumores evoluem sem sinais aparentes. Em muitos casos, o diagnóstico chega por acaso ou em fases avançadas, quando as possibilidades de tratamento já estão reduzidas. 

São os chamados 'cânceres silenciosos', aqueles que se desenvolvem de forma discreta, sem alterações evidentes no início.

Pesquisadores e instituições de saúde destacam que mais de 200 tipos de câncer podem surgir no organismo humano, e vários deles crescem aproveitando-se da ausência de sintomas específicos. 

Embora as causas ainda sejam amplamente estudadas, fatores como estilo de vida inadequado, exposição a poluentes, contato frequente com substâncias tóxicas, tabagismo e predisposição genética estão entre os principais gatilhos conhecidos. Um megaestudo realizado recentemente apurou uma surpreendente ligação entre o câncer e o consumo de tomates.

O que torna alguns cânceres tão difíceis de perceber?

Estudos da Faculdade de Medicina da Universidade Palacký, na República Tcheca, explicam que a origem do tumor está ligada à multiplicação descontrolada das próprias células do organismo, que passam a invadir tecidos saudáveis como um parasita. 

Quando esse processo ocorre em órgãos internos, alterações externas raramente são percebidas.

Centros especializados, como o Icon Cancer Centre, reforçam que muitos pacientes se surpreendem com um diagnóstico mesmo se sentindo saudáveis. Isso acontece porque, quando sinais aparecem, muitas vezes são confundidos com problemas comuns, atrasando a busca por atendimento.

A seguir, veja quais são os cânceres mais conhecidos por evoluir de forma silenciosa:

7 tipos de câncer que não apresentam sintomas

1. Câncer de pâncreas

Um dos tumores mais agressivos, cresce rapidamente e apresenta sintomas tardios. Quando aparecem, podem incluir desconforto abdominal leve, dor nas costas, perda de peso e amarelamento da pele. 

Fatores como pancreatite crônica, tabagismo, diabetes e histórico familiar elevam o risco. A recomendação de especialistas é manter hábitos saudáveis e realizar exames periódicos.

2. Câncer renal

Nos estágios iniciais, quase não dá sinais. Alguns pacientes relatam sangue na urina, dor lombar ou cansaço persistente, sintomas facilmente associados a outros problemas do trato urinário ou musculares.

3. Câncer de ovário

Frequente em diagnósticos tardios, é um dos tumores ginecológicos mais silenciosos. Os sintomas iniciais costumam ser confundidos com desconfortos digestivos ou alterações ligadas ao envelhecimento. 

Em estágios avançados, surgem inchaço abdominal, perda de peso, fadiga, dor pélvica e alterações menstruais.

4. Câncer colorretal

Mesmo sendo um dos tipos mais comuns, muitas vezes evolui sem alarde. Alterações no hábito intestinal, sangramento discreto e enjoo podem ser ignorados por longos períodos. 

O risco aumenta após os 50 anos, sobretudo entre pessoas sedentárias, fumantes, com diabetes ou histórico familiar de pólipos.

5. Câncer do colo do útero

Apesar de progredir lentamente, é considerado um câncer oculto porque os primeiros sinais dificilmente são reconhecidos como algo grave. Sangramentos anormais, dor pélvica e fadiga aparecem mais tarde. Exames de rotina, como o papanicolau, são essenciais para identificação precoce.

6. Câncer de pulmão

Um dos tumores mais associados ao tabagismo, pode avançar sem sintomas por longo tempo. Quando surgem, incluem tosse persistente, falta de ar, dor no peito e perda de peso. Fumantes passivos e pessoas expostas a substâncias tóxicas também correm risco.

7. Câncer de mama

Um dos mais comuns entre mulheres, pode permanecer oculto até mesmo em consultas de rotina. Por isso, autoexame e exames de imagem são fundamentais. Mudanças no formato da mama, nódulos e alterações na pele devem ser investigados imediatamente.

A importância da prevenção

Embora muitos desses tumores se desenvolvam de forma discreta, exames preventivos aumentam significativamente as chances de detecção precoce e tratamento bem-sucedido. 

Mudanças repentinas no corpo, por menores que pareçam, merecem atenção. Instituições como o Instituto Masaryk reforçam que o rastreamento é a principal arma para reduzir a mortalidade e aumentar a sobrevida.

Para especialistas, o recado é claro: reconhecer sinais incomuns, manter rotina de consultas e não adiar cuidados podem salvar vidas.