Entenda as diferenças entre o leite ultrafiltrado e o tradicional e para quem ele é indicado / Foto: Divulgação/Slate
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Uma nova estrela láctea está brilhando nas prateleiras dos EUA. Enquanto o mercado se enche de opções vegetais, o leite ultrafiltrado surge como uma alternativa inovadora, feita de leite de verdade, mas com uma fórmula repaginada.
Com uma proposta de mais proteínas, menos açúcar e zero lactose, a bebida atrai especialmente atletas e quem tem intolerância. Mas será que ela é melhor que o leite comum? E o que significa "ultrafiltrado"?
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A seguir, explicamos tudo sobre essa novidade que promete revolucionar a forma como consumimos laticínios.
A chave para entender essa bebida está no seu nome. O processo de "ultrafiltração" é um método especial de filtragem pressurizada. Como explica Dennis D'Amico, PhD da Universidade de Connecticut, essa técnica "separa e remove compostos menores, como lactose, minerais, água e algumas vitaminas hidrossolúveis". O resultado é um líquido mais concentrado em proteínas e gorduras.
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Portanto, ao contrário dos leites vegetais, o ultrafiltrado é 100% leite de vaca, mas que passa por uma transformação. A filtragem remove quase toda a lactose, o açúcar natural do leite, e concentra seus outros componentes. Marcas como Slate Milk e Fairlife são exemplos dessa nova geração de laticínios.
O canal Ethan Chlebowski tem um vídeo explicando o que é esse novo tipo de leite:
A grande vantagem do leite ultrafiltrado está na sua composição. Vamos às comparações: enquanto uma xícara de leite tradicional tem cerca de 8g de proteína, a versão ultrafiltrada pode oferecer de 13g a 18g. O cálcio também é mais concentrado, podendo chegar a 500mg, contra 300mg do leite comum.
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Além disso, o teor de açúcar cai pela metade. O leite comum tem aproximadamente 12g de lactose por xícara, já o ultrafiltrado varia entre 6g e 9g. Essa combinação faz da bebida uma aliada para quem busca um alimento nutritivo e com baixo teor de carboidratos.
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Sim, mas com uma ressalva crucial. Como a ultrafiltração remove a lactose, a bebida é geralmente segura para pessoas com intolerância, que não produzem a enzima necessária para digerir esse açúcar. No entanto, é fundamental entender que ela não é indicada para quem tem alergia à proteína do leite.
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Isso acontece porque o processo não remove as proteínas do leite, como a caseína e o soro de leite, que são os verdadeiros gatilhos para as reações alérgicas. Pessoas com alergia devem continuar evitando o produto.
Na prática, quais são as diferenças? Ao experimentar, você notará que o leite ultrafiltrado é ligeiramente mais cremoso e tem um sabor um pouco mais adocicado, mesmo sem lactose. Isso ocorre porque os açúcares remanescentes ficam mais perceptíveis.
Para cozinhar, no entanto, a substituição é tranquila. Use-o em vitaminas, panquecas, bolos e molhos como faria com o leite normal. Outra vantagem é a durabilidade: por ser ultrapasteurizado, ele dura até 14 dias após aberto, o dobro do leite comum.
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Embora qualquer pessoa possa consumi-lo, três grupos se beneficiam particularmente:
Por fim, o preço ainda é um ponto de atenção. Por ser um processo tecnológico e um produto de nicho, o leite ultrafiltrado costuma ser mais caro que o tradicional. A escolha, portanto, depende dos seus objetivos nutricionais e orçamento.
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