Saúde

Novo estudo sobre vitamina D3: cardiologistas discutem os efeitos no coração

Pesquisa traz dados inéditos e foi divulgada neste mês nas Sessões Científicas de 2025 da Associação Americana do Coração

Agência Diário

Publicado em 24/11/2025 às 09:32

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Estudo foi feito com 630 pacientes com síndrome coronariana aguda entre 2017 e 2023 / Freepik

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Pesquisas anteriores já mostravam que a falta de vitamina D pode estar ligada a uma pior saúde do coração.

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Mas um estudo preliminar apresentado neste mês nas Sessões Científicas de 2025 da Associação Americana do Coração, em Nova Orleans (EUA), trouxe novos dados.

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Entre adultos com doenças cardíacas que já haviam tido um infarto, aqueles que ajustaram seus níveis de vitamina D até a faixa ideal reduziram em 52% o risco de um novo ataque cardíaco, em comparação com quem não fez essa correção.

Níveis baixos de vitamina D têm sido associados a maior risco de doenças cardiovasculares, segundo estudos observacionais / Freepik
Níveis baixos de vitamina D têm sido associados a maior risco de doenças cardiovasculares, segundo estudos observacionais / Freepik
Pode haver benefício para quem tem deficiência grave de vitamina D, mas a recomendação é avaliar níveis e orientar a suplementação com profissional de saúde / Pixabay
Pode haver benefício para quem tem deficiência grave de vitamina D, mas a recomendação é avaliar níveis e orientar a suplementação com profissional de saúde / Pixabay
Algumas pesquisas mostram ligação entre deficiência de vitamina D e pressão arterial elevada e inflamação, fatores que afetam o coração / Pixabay
Algumas pesquisas mostram ligação entre deficiência de vitamina D e pressão arterial elevada e inflamação, fatores que afetam o coração / Pixabay
Além da suplementação, exposição solar segura, dieta equilibrada e controle de fatores como peso e pressão são estratégias importantes para a saúde cardiovascular / Pixabay
Além da suplementação, exposição solar segura, dieta equilibrada e controle de fatores como peso e pressão são estratégias importantes para a saúde cardiovascular / Pixabay
Ensaios clínicos até agora não provaram que suplementar vitamina D reduz consistentemente eventos cardíacos maiores em toda a população / Pixabay
Ensaios clínicos até agora não provaram que suplementar vitamina D reduz consistentemente eventos cardíacos maiores em toda a população / Pixabay

Como o estudo foi realizado

O estudo avaliou 630 pacientes com síndrome coronariana aguda, um conjunto de condições que inclui infarto e angina instável e ocorre quando há redução súbita do fluxo de sangue para o coração.

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Eles foram tratados no Intermountain Medical Center, em Utah, entre 2017 e 2023. A média de idade era de 63 anos, 78% eram homens e quase metade já havia sofrido um ataque cardíaco.

Veja também, no vídeo do Canal do Dr. Juliano Teles, o erro que não pode ser cometido em caso de baixa de vitamina D3:

O que tem de novo

Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu apenas o cuidado padrão e outro teve acompanhamento dos níveis de vitamina D, com suplementação ajustada a cada três meses até ultrapassar 40 ng/mL (nível desta vitamina considerado saudável). 

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Depois disso, o controle passou a ser anual, com nova correção das doses quando necessário.

Em comunicado, a investigadora principal do TARGET-D, Heidi T. May, destacou: 

“Pesquisas clínicas anteriores sobre vitamina D testaram o impacto potencial da mesma dose de vitamina D para todos os participantes sem verificar seus níveis sanguíneos primeiro”.

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Ela também afirmou: “Adotamos uma abordagem diferente. Verificamos os níveis de vitamina D de cada participante na inscrição e ao longo do estudo, e ajustamos a dose conforme necessário para atingir e manter esses níveis na faixa de 40 a 80 ng/mL”.

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Nova perspectiva

Segundo May, esse método pode melhorar o atendimento ao focar em exames de sangue para monitorar a vitamina D e adaptar a suplementação de forma individualizada.

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“Incentivamos as pessoas com doenças cardíacas a discutirem os exames de sangue para vitamina D e a dosagem direcionada com seus profissionais de saúde para atender às suas necessidades individuais", recomendou no comunicado.

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Limitações do estudo

Apesar de promissor, o estudo possui limitações importantes. Ele incluiu apenas adultos com doença cardíaca, o que impede saber se os resultados valem para pessoas sem esse diagnóstico.

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Além disso, cerca de 90% dos participantes eram brancos e o grupo era pequeno. Segundo os autores, pesquisas maiores e mais diversas ainda são necessárias para avaliar outros grupos de pessoas.

Por Vitoria Estrela

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