Estudo foi feito com 630 pacientes com síndrome coronariana aguda entre 2017 e 2023 / Freepik
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Pesquisas anteriores já mostravam que a falta de vitamina D pode estar ligada a uma pior saúde do coração.
Mas um estudo preliminar apresentado neste mês nas Sessões Científicas de 2025 da Associação Americana do Coração, em Nova Orleans (EUA), trouxe novos dados.
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Entre adultos com doenças cardíacas que já haviam tido um infarto, aqueles que ajustaram seus níveis de vitamina D até a faixa ideal reduziram em 52% o risco de um novo ataque cardíaco, em comparação com quem não fez essa correção.
O estudo avaliou 630 pacientes com síndrome coronariana aguda, um conjunto de condições que inclui infarto e angina instável e ocorre quando há redução súbita do fluxo de sangue para o coração.
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Eles foram tratados no Intermountain Medical Center, em Utah, entre 2017 e 2023. A média de idade era de 63 anos, 78% eram homens e quase metade já havia sofrido um ataque cardíaco.
Veja também, no vídeo do Canal do Dr. Juliano Teles, o erro que não pode ser cometido em caso de baixa de vitamina D3:
Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu apenas o cuidado padrão e outro teve acompanhamento dos níveis de vitamina D, com suplementação ajustada a cada três meses até ultrapassar 40 ng/mL (nível desta vitamina considerado saudável).
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Depois disso, o controle passou a ser anual, com nova correção das doses quando necessário.
Em comunicado, a investigadora principal do TARGET-D, Heidi T. May, destacou:
“Pesquisas clínicas anteriores sobre vitamina D testaram o impacto potencial da mesma dose de vitamina D para todos os participantes sem verificar seus níveis sanguíneos primeiro”.
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Ela também afirmou: “Adotamos uma abordagem diferente. Verificamos os níveis de vitamina D de cada participante na inscrição e ao longo do estudo, e ajustamos a dose conforme necessário para atingir e manter esses níveis na faixa de 40 a 80 ng/mL”.
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Segundo May, esse método pode melhorar o atendimento ao focar em exames de sangue para monitorar a vitamina D e adaptar a suplementação de forma individualizada.
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“Incentivamos as pessoas com doenças cardíacas a discutirem os exames de sangue para vitamina D e a dosagem direcionada com seus profissionais de saúde para atender às suas necessidades individuais", recomendou no comunicado.
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Apesar de promissor, o estudo possui limitações importantes. Ele incluiu apenas adultos com doença cardíaca, o que impede saber se os resultados valem para pessoas sem esse diagnóstico.
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Além disso, cerca de 90% dos participantes eram brancos e o grupo era pequeno. Segundo os autores, pesquisas maiores e mais diversas ainda são necessárias para avaliar outros grupos de pessoas.
Por Vitoria Estrela