Saúde

Nova cepa do coronavírus evolui e acende alerta para possível nova pandemia

Estudo indica que a variante HKU5, encontrada em morcegos, já mostra sinais de adaptação ao corpo humano

Luna Almeida

Publicado em 11/06/2025 às 09:03

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

A cepa pertence ao mesmo grupo do coronavírus MERS / Unsplash/fusion_medical_animation

Continua depois da publicidade

Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, identificaram uma nova cepa do coronavírus com potencial preocupante. Batizada de HKU5-CoV-2, a variante foi encontrada em morcegos e já apresenta sinais de adaptação ao corpo humano. 

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

De acordo com o estudo, o vírus está a apenas uma mutação de conseguir infectar pessoas, o que pode representar o surgimento de uma nova pandemia.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Alerta de saúde: vírus pouco conhecido já matou e avança pelo Brasil

• Santos confirma caso de Covid-19 em Neymar

• Vírus letal para animais está se adaptando para infectar humanos, mostra estudo

A cepa pertence ao mesmo grupo do coronavírus MERS, responsável por surtos fatais no Oriente Médio e que chegou a causar a morte de um terço dos infectados. 

O HKU5 demonstrou capacidade de se conectar ao receptor ACE2 das células dos morcegos da espécie Pipistrellus abramus – o mesmo mecanismo usado pelo SARS-CoV-2, causador da pandemia de Covid-19. O artigo foi publicado na revista científica Nature Communications.

Continua depois da publicidade

Mutações podem facilitar transmissão direta para humanos

Nos testes laboratoriais, o vírus mostrou facilidade de ligação ao receptor celular dos morcegos, mas os pesquisadores alertam que pequenas alterações genéticas podem permitir que ele também se ligue ao receptor ACE2 presente em células humanas. Esse cenário aumentaria significativamente o risco de infecção em pessoas.

Outro fator que preocupa é o habitat dos morcegos infectados. A espécie costuma viver próxima de áreas urbanas, o que favorece a transmissão direta para humanos, sem a necessidade de um hospedeiro intermediário – ao contrário do que ocorreu na origem da Covid-19.

Nova estrutura favorece adaptação ao corpo humano

Os cientistas também apontaram que a estrutura do HKU5 pode facilitar sua adaptação ao organismo humano. Algumas variantes já apresentam indícios de evolução nesse sentido, o que reforça a necessidade de monitoramento constante.

Continua depois da publicidade

Embora ainda não haja registros de infecção humana pela nova cepa, o alerta é claro: é preciso manter a vigilância, seguir investindo em pesquisas e desenvolver vacinas que ofereçam proteção contra diferentes tipos de coronavírus.

Prevenção depende da integração entre saúde humana e ambiental

Para minimizar os riscos, os especialistas recomendam a redução do contato com animais silvestres, como os morcegos, e a adoção da abordagem “Uma Só Saúde”, que reconhece a interligação entre saúde humana, animal e ambiental como chave para evitar futuras crises sanitárias.

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software