Médico especialista revela quantas horas dormir para manter a saúde aos 60 anos

A qualidade do sono é um dos pilares da saúde em qualquer fase da vida, mas se torna ainda mais crucial após os 60 anos. Embora seja comum ouvir que idosos dormem menos, isso não significa que precisem de menos descanso. 

Alterações naturais no ritmo biológico tornam o sono mais leve e com mais despertares noturnos, o que pode dar a falsa impressão de que ele é menos necessário.

Na verdade, segundo especialistas, manter de 7 a 8 horas de sono por noite continua essencial para a recuperação do corpo e da mente. E para quem já passou dos 60, entender essas mudanças e adotar hábitos que favoreçam o descanso pode fazer toda a diferença no bem-estar diário.

O que muda no sono com o passar dos anos

Conforme envelhecemos, a estrutura do sono se altera. O sono profundo, mais restaurador, se torna menos frequente. Isso acontece porque o cérebro maduro não "desliga" por completo: algumas áreas permanecem ativas, processando informações mesmo durante a noite. 

Além disso, os ciclos de sono, que duram em média 90 minutos, são mais interrompidos, e os despertares entre um ciclo e outro tendem a ser mais longos e lembrados com mais clareza.

Quantas horas dormir após os 60 anos?

De acordo com o neurologista Marc Rey, especialista em sono e presidente do Instituto Nacional do Sono e Vigilância da França, adultos entre 60 e 64 anos devem dormir de 7 a 9 horas por noite. J

á a partir dos 65 anos, o ideal é manter entre 7 e 8 horas de sono diário. Dormir menos que isso de forma frequente pode comprometer a saúde e o desempenho cognitivo.

Ainda assim, há variações individuais. Algumas pessoas funcionam bem com um tempo ligeiramente menor de descanso, enquanto outras mantêm o hábito de dormir por períodos mais longos. O sinal mais claro de um sono reparador é acordar sentindo-se descansado.

O que atrapalha o sono na terceira idade?

Fatores como dores crônicas, alterações hormonais, suores noturnos e problemas prostáticos estão entre os principais vilões do sono após os 60. Esses quadros podem causar interrupções no repouso e afetar a qualidade geral do descanso.

Para aliviar esses efeitos, uma alternativa eficiente é incluir pequenas sonecas durante o dia. O ideal é que elas tenham até 20 minutos e sejam feitas no início da tarde, preferencialmente entre 13h e 14h. O cuidado é para que esse cochilo não atrapalhe o sono da noite.

Estratégias para melhorar a qualidade do sono

Manter uma boa higiene do sono é fundamental para garantir noites tranquilas e restauradoras. Algumas práticas recomendadas incluem:

• Realizar atividades físicas regularmente
   
• Evitar bebidas estimulantes, como café e álcool, à noite
   
• Estabelecer uma rotina de relaxamento antes de dormir
   
• Garantir que o quarto seja escuro, fresco e silencioso

Com pequenas mudanças de hábito e atenção aos sinais do corpo, é possível ter noites de sono mais tranquilas mesmo após os 60 anos, ajudando a preservar a saúde e o bem-estar a longo prazo.