Médico aponta fatores 'desconhecidos' que contribuem para o surgimento da herpes labial

Além de feia, a herpes labial está entre as doenças virais de pele mais incômodas. Ainda que não seja considerada grave ou incapacitante, ela atinge uma grande parcela da população e costuma aparecer nos momentos mais inconvenientes, como antes de encontros e festas.

No Brasil, estima-se que mais de 90% da população adulta já teve contato com o vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1), causador do herpes labial, embora a maioria das pessoas infectadas não apresente sintomas. 

O vírus da herpes permanece dormente em um gânglio após causar uma primeira inflamação leve, mas pode “acordar” a qualquer momento e gerar novas erupções.

Fatores 'desconhecidos' para o surgimento da herpes

Apesar do nome, a herpes labial não surge apenas quando há febre. Pelo contrário, o médico francês Vincent Valinducq explicou isso em um programa de TV.

“É verdade que, em caso de febre, pode surgir a herpes labial. Mas existem outras circunstâncias que favorecem seu aparecimento: o estresse, o cansaço... Às vezes, o sol. E, no caso das mulheres, pode acontecer durante a menstruação.”

Por isso, a recomendação do profissional é identificar o fator que desencadeia as crises.

“Tenho pacientes que me dizem que o problema é o sol. Nesses casos, indico o uso de um protetor labial com filtro UV, para ajudar a evitar as erupções”, completou o especialista.

O segredo para agir diante de uma crise

Segundo o médico, a palavra-chave é reagir rápido. Ele já havia explicado em outra edição do programa: “Quando você sente o formigamento, a coceira ou a sensação de calor, é preciso agir imediatamente, antes que a ferida apareça de fato.”

Entre as opções, estão:

Cremes antivirais de uso local, disponíveis em farmácias sem prescrição médica. Consulta médica para que seja indicado um antiviral oral, que deve ser iniciado em até 72 horas após os primeiros sintomas.

Conclusão

O herpes labial pode até ser inevitável em alguns momentos, mas conhecer os gatilhos e agir nos primeiros sinais faz toda a diferença para controlar a doença.

“Com pequenas medidas de prevenção e tratamento rápido, é possível reduzir o incômodo e evitar que as lesões atrapalhem a rotina”, resume o doutor Valinducq.