Saúde

'Gripe K': o que se sabe sobre a variante que levou a OMS a emitir alerta global

OMS e infectologistas alertam para riscos maiores entre idosos, gestantes e pessoas com doenças crônicas

Nathalia Alves

Publicado em 15/12/2025 às 17:30

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Variante K do influenza A (H3N2) predomina e se espalha com mais rapidez em alguns países / Reprodução/stock

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para a próxima temporada de gripe, prevista para o fim de 2025, após identificar um aumento da circulação do vírus influenza em várias partes do mundo. O crescimento vem sendo impulsionado por uma variante do influenza A (H3N2), que começou a se espalhar mais rapidamente a partir de agosto de 2025.

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Trata-se do subclado (ou variante genética) 'K', uma nova ramificação genética do vírus da gripe sazonal. O termo "gripe K" tem ganhado espaço, mas a OMS ressalta que não se trata de um vírus novo, mas sim da evolução esperada do influenza, que sofre mudanças constantes.

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O momento preocupa porque coincide com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, período em que aumentam os casos de gripe e de outras infecções respiratórias, o que pode pressionar os sistemas de saúde. A OMS afirma que a atividade global ainda está dentro do esperado, mas alguns países registraram aumentos mais cedo e intensos.

A variante K

A OMS descreve o cenário como o da gripe sazonal. Os dados epidemiológicos disponíveis até o momento não apontam aumento na gravidade dos casos ligados à variante K. No entanto, a OMS classifica seu avanço como uma "evolução notável", já que ela vem se espalhando rapidamente.

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Na Europa, por exemplo, a OMS identificou um início antecipado da temporada, com predominância desta variante. Esse tipo de mudança é acompanhado de perto porque pode influenciar tanto a forma de transmissão quanto o nível de proteção da população.

Vacinação continua sendo a ferramenta central

A OMS reforça que a vacinação continua sendo fundamental. Estimativas iniciais indicam que a vacina atual segue reduzindo a necessidade de atendimento hospitalar, com efetividade preliminar de cerca de 70% a 75% na prevenção de hospitalizações em crianças e de 30% a 40% em adultos.

"É importante lembrar que, infelizmente, a cobertura vacinal no Brasil — especialmente entre idosos — não foi boa em 2025, uma das piores que já tivemos. Por isso, é fundamental garantir que, assim que a vacina atualizada para 2026 estiver disponível, a população-alvo se vacine", alerta a infectologista Rosana Richtmann.

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Grupos de risco e recomendações

A maioria das pessoas se recupera em cerca de uma semana, mas a gripe pode levar a complicações sérias para grupos de risco, como Idosos (principalmente acima de 80 anos), Gestantes, Crianças pequenas, Pessoas com condições de saúde subjacentes e Profissionais de saúde

A OMS não recomenda restrições de viagem. O foco está em medidas clássicas de proteção: 

  • Vacinação anual para grupos de risco e profissionais de saúde.
  • Vigilância e preparação dos sistemas de saúde.
  • Higiene das mãos e etiqueta respiratória.
  • Para quem está com sintomas, evitar contato próximo e considerar o uso de máscara em ambientes sensíveis.
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