Saúde

Governo estuda plano de saúde popular de até R$ 100 e reacende polêmica

Proposta visa ampliar cobertura no setor privado, mas especialistas alertam para riscos de sustentabilidade e desafios operacionais

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 02/05/2025 às 18:46

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Número de beneficiários em planos de saúde no Brasil ultrapassou os 51 milhões / Reprodução/Prefeitura de Cubatão

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O governo federal avalia a criação de um plano de saúde popular com mensalidade de até R$ 100, proposta que tem potencial para transformar o acesso à saúde suplementar no Brasil.

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A sinalização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reacendeu um debate antigo: como incluir mais brasileiros no sistema privado sem comprometer a qualidade e a viabilidade econômica do setor?

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Segundo o governo, a iniciativa pretende atender a uma parcela significativa da população que, apesar de não depender exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS), não consegue arcar com os custos dos planos tradicionais.

A ideia é ampliar o acesso à saúde privada com uma opção de baixo custo, especialmente em um cenário de inflação médica crescente e aumento da judicialização no setor.

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Dados recentes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam que o número de beneficiários em planos de saúde no Brasil ultrapassou os 51 milhões — um recorde histórico. No entanto, ainda há milhões de brasileiros sem acesso à saúde suplementar, o que reforça a urgência do debate.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu início, na último dia 28, à análise de um pacote de mudanças que pode alterar a forma como os reajustes dos planos de saúde são aplicados.

O que dizem os especialistas?

Especialistas do setor analisam a proposta com cautela. Para Leandro Giroldo, CEO da Lemmo Corretora e fundador do projeto Pra Cima Corretor, qualquer plano que envolva saúde precisa estar ancorado em bases técnicas sólidas. “Preço baixo sem um modelo de entrega sustentável pode gerar frustração para o consumidor e prejuízo para o sistema”, alerta.

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A criação de um plano de saúde com mensalidade reduzida exigiria reformulações importantes nos modelos de cobertura, coparticipação e na rede prestadora de serviços.

Uma das soluções apontadas seria o uso de redes assistenciais menores ou regionais, o que poderia viabilizar custos mais baixos, mas impõe desafios logísticos e operacionais relevantes.

Para corretores e profissionais do setor de seguros saúde, a proposta representa tanto uma oportunidade comercial quanto um alerta de responsabilidade. Será essencial compreender os detalhes da medida para orientar o público com clareza e segurança.

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Até o momento, o governo não divulgou informações oficiais sobre as operadoras participantes, faixas etárias contempladas, abrangência de cobertura ou data prevista para o lançamento. Ainda assim, o simples fato de a proposta estar em discussão já movimenta o mercado e chama atenção de consumidores, empresas e especialistas em políticas públicas de saúde.

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