Saúde
Estudos recentes apontam que a higiene oral pode ajudar a reduzir os riscos de Alzheimer e outras doenças do cérebro
Ana Clara Durazzo
Publicado em 19/05/2025 às 17:45
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Pesquisas recentes sugerem que infecções gengivais crônicas, como a periodontite, podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas / Pexels
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Muitas pessoas subestimam a relevância dos cuidados com a saúde bucal, acreditando que ela se limita apenas à estética e à higiene. Esse assunto vem ganhando destaque na comunidade científica e sendo tema de muitos estudos entre especialistas.
Pesquisas recentes sugerem que infecções gengivais crônicas, como a periodontite, podem aumentar o risco de doenças neurodegenerativas, incluindo Alzheimer e Parkinson. Um cardiologista também associou a higiene bucal com a saúde cardiovascular.
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A explicação está nos processos inflamatórios sistêmicos desencadeados por essas infecções, que impactam diretamente o sistema nervoso central.
A boca pode funcionar como uma porta de entrada para bactérias perigosas ao cérebro. Quando há inflamações persistentes na gengiva, essas bactérias podem entrar na corrente sanguínea e atingir o sistema nervoso, contribuindo para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas.
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Estudos publicados na revista Science Advances reforçam essa conexão. Cientistas identificaram a presença da bactéria Porphyromonas gingivalis, associada a infecções periodontais, em cérebros de pacientes com Alzheimer.
Essa bactéria é suspeita de aumentar a produção da proteína beta-amiloide, frequentemente encontrada em cérebros afetados pelo Alzheimer. Além disso, problemas como a xerostomia ou secura extrema na boca estão associados a doenças crônicas, evidenciando ainda mais a importância do cuidado dental.
O progresso na compreensão de transtornos neurodegenerativos tem destacado como inflamações bucais podem agravar problemas cognitivos. Por exemplo, a infecção por P. gingivalis não só afeta a gengiva mas também pode influenciar o alargamento de problemas neurológicos pela promoção de substâncias inflamatórias que comprometem a função cerebral.
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Para sustentar uma boa saúde bucal, é imprescindível adotar práticas cotidianas que previnam a deterioração dental. Escovar os dentes regularmente, usar fio dental e realizar visitas periódicas ao dentista são medidas efetivas para evitar problemas bucais e detectar precocemente possíveis complicações.
