Metade dos universitários brasileiros apresenta sinais de depressão, aponta estudo / Divulgação/Pexels
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Um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou os fatores que explicam por que metade dos universitários brasileiros apresenta sinais de depressão. A pesquisa, que integra o projeto global Unilife-M, em parceria com a UFSC, ouviu 6.371 alunos de 12 universidades do país.
Segundo os resultados, hábitos relacionados à alimentação, prática de atividade física e rotina de sono são os principais determinantes da saúde mental entre jovens adultos.
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O levantamento apontou que 54,4% dos entrevistados apresentam sintomas de depressão e que estudantes com estilo de vida menos saudável têm risco três vezes maior de desenvolver o transtorno.
Os dados ainda identificaram três perfis predominantes entre os universitários: 44% em situação de risco, 42,3% com estilo de vida positivo e 13,7% com hábitos mistos. Além da depressão, foram relatados sintomas de ansiedade, distúrbios do sono, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), déficit de atenção, hiperatividade, mania e risco de suicídio.
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Outro levantamento, divulgado no ano passado pela Associação Nacional de Estudantes de Psicologia (ANEP) em parceria com a Ordem dos Psicólogos e o Conselho Nacional da Juventude, revelou que um em cada quatro universitários faz uso de medicação psiquiátrica.
A pesquisa, realizada em 53 instituições, mostrou que estudantes de licenciatura e mulheres compõem os grupos mais vulneráveis, apresentando níveis significativamente mais elevados de sintomas psicóticos.
Do total, 46% relataram sintomas de depressão, 39% sofrem de ansiedade, 31% de estresse e 23% fazem uso regular de medicamentos.
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O estudo também indicou que 42% dos universitários já se sentiram, ao menos uma vez, sem sentido na vida. 80% afirmaram ter dificuldades para relaxar e realizar tarefas cotidianas; e 9 em cada 10 relataram sofrer pressão acadêmica.
Esses dados refletem um fenômeno observado em todo o mundo e que vem marcando a geração Z (nascidos entre 1997 e 2010), chamada por especialistas de a “geração mais triste”. Nos Estados Unidos, uma pesquisa da Universidade de Harvard apontou que jovens adultos entre 18 e 25 anos apresentam taxas mais elevadas de depressão e ansiedade do que adolescentes mais novos.
Mais da metade dos entrevistados (58%) declarou não encontrar propósito ou significado em suas vidas, e boa parte relatou que as incertezas sobre o futuro afetam diretamente sua saúde mental.
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O canal Futuro da Saúde publicou um vídeo explicando como a geração Z vem sendo mais impactada pela chamada “era da saúde mental”. Confira:
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