Com a mesma família botânica do melão, pepino e abóbora, ele ocupa hoje um espaço discreto / Freepik/jcomp
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O maxixe costuma passar longe das listas de compras em muitas regiões do país, apesar de carregar características que o colocariam facilmente entre os vegetais mais completos da mesa brasileira. Pequeno, de casca verde e textura peculiar, ele reúne nutrientes importantes e um sabor suave, com leve acidez, que lembra o pepino.
Ainda assim, permanece como um ingrediente subestimado, mesmo diante de seu potencial.
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Originário da África e adaptado ao clima tropical brasileiro desde o período colonial, o fruto se espalhou principalmente pelo Nordeste.
Com a mesma família botânica do melão, pepino e abóbora, ele ocupa hoje um espaço discreto, embora ofereça uma soma de vantagens que vão muito além do que seu visual espinhoso sugere.
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A composição do maxixe reúne fibras, vitaminas e minerais que atuam em diferentes áreas da saúde.
As fibras presentes no fruto ajudam na rotina intestinal, favorecem a saciedade e colaboram no controle do peso. Entre os minerais, estão magnésio, potássio e cálcio, essenciais para o equilíbrio muscular, a saúde dos ossos e a manutenção da pressão arterial.
O vegetal também carrega antioxidantes, inclusive vitamina C, que fortalecem o sistema imunológico e auxiliam na proteção contra o envelhecimento precoce.
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Por ser composto majoritariamente por água, contribui para manter o corpo hidratado nos dias mais quentes.
Outro ponto relevante é o impacto positivo no controle da glicemia, já que suas fibras e seu baixo índice glicêmico ajudam a estabilizar os níveis de açúcar no sangue.
Embora a aparência com pequenos espinhos cause estranhamento em quem não está acostumado, o preparo é simples. Basta lavar o fruto e remover o excesso dos espinhos com as mãos ou escovinha, já que são macios e comestíveis.
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O maxixe pode ser refogado, entrar em ensopados com carne, aparecer rapidamente cozido em saladas ou integrar moquecas com outros vegetais.
Sua combinação com azeite, coentro, pimentões e até leite de coco dá espaço para receitas variadas, indo do acompanhamento rápido ao prato principal.
Uma forma de conhecer o sabor do vegetal é no preparo básico, com poucos ingredientes.
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Aqueça o azeite, doure o alho e refogue a cebola. Acrescente o maxixe, tempere, adicione um pouco de água e cozinhe em fogo baixo por dez a quinze minutos, mexendo até atingir maciez. Finalize com cheiro-verde.
Mesmo pouco explorado fora de suas regiões mais tradicionais, o maxixe reúne tudo o que se espera de um alimento completo: nutrição, sabor e facilidade no preparo.
Recolocá-lo no centro do prato pode ser uma maneira simples de diversificar a alimentação e redescobrir um ingrediente que sempre esteve ali, apenas à espera de mais espaço na rotina culinária.
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