A ideia é simples: dedicar cerca de cinco minutos a atividades físicas curtas e fáceis de encaixar na rotina / Jonathan Borba/Pexels
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Você sabe o que é microtreinamento? É a prática que consiste em realizar pequenas pausas ao longo do dia para exercícios rápidos, como agachamentos e flexões — tem respaldo científico e mostra efeitos positivos para a saúde. No entanto, especialistas divergem quanto ao real impacto da técnica a longo prazo.
A ideia é simples: dedicar cerca de cinco minutos a atividades físicas curtas e fáceis de encaixar na rotina. O objetivo não é substituir treinos completos, mas ativar o corpo, melhorar o humor e recuperar energia em meio às tarefas diárias.
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A psicóloga Rikke Papsøe revelou no podcast Topkarakter que adota o método regularmente. “Você não precisa correr uma meia maratona para sentir efeitos no otimismo. O microtreinamento funciona bem para mim”, disse.
Já a economista corporal e influenciadora Anna Bogdanova, que ensina a técnica há anos, vê nela uma oportunidade de reconectar corpo e mente em meio à correria cotidiana. “Com o microtreinamento, você se desconecta da rotina e ativa o corpo. Isso pode renovar sua energia para o resto do dia”, afirmou.
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Bogdanova destaca que a prática é especialmente indicada para quem tem pouco tempo disponível. Além disso, considera o método útil para pessoas que enfrentam dificuldades emocionais em relação ao corpo. “Se você só precisa lidar com isso por cinco minutos de cada vez, a situação se torna mais administrável”, disse.
Apesar dos efeitos reconhecidos, o biólogo muscular Anders Nedergaard, doutor em biologia, é crítico em relação ao conceito. “Está bem documentado que o microtreinamento funciona. Muito menos treino do que se imagina já traz benefícios para a saúde. Mas, sinceramente, não sou fã. Acho uma péssima ideia”, afirmou.
Segundo ele, a prática pode manter as pessoas presas a um nível básico de exercício, sem estímulo para evoluir. “O treinamento pode ser um caminho para relacionamentos sociais, superação e desenvolvimento de habilidades. O microtreinamento raramente leva a isso”, avaliou.
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Nedergaard pondera, no entanto, que muitos que rejeitam o exercício talvez apenas não tenham encontrado a abordagem certa. “Arrisco dizer que muitos que não gostam de malhar simplesmente não descobriram sua ‘linguagem’ para o exercício. Talvez nunca tenham tido alguém que mostrasse como isso pode ser realmente divertido”, comentou.
Para Anna Bogdanova, os benefícios do microtreinamento vão além da saúde física. Segundo ela, a prática pode melhorar a clareza mental e até fortalecer o espírito de equipe no ambiente profissional. “Se fosse incorporado à cultura do escritório, poderia realmente fazer diferença”, disse.
Já Nedergaard alerta para o risco de exclusão em locais de trabalho. “Pode rapidamente se tornar desconfortável para quem não consegue fazer 20 flexões ou 10 agachamentos. Se não for bem estruturado, em vez de criar comunidade, pode gerar distância”, afirmou.
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E você? Prefere o microtreinamento ou exercícios completos?
Essa publicação é baseada em um artigo publicado na Dinamarca. É importante ressaltar que todo o exercício deve ser acompanhado por um profissional habilitado.