O magnésio participa de mecanismos que regulam a inflamação, a sensibilidade à insulina e a reparação celular / Freepik
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Presente em alimentos como castanhas, sementes, verduras e cereais integrais, o magnésio é um mineral essencial para o bom funcionamento do corpo. Ele atua em mais de 300 reações químicas do organismo, contribuindo para o equilíbrio muscular, o controle do açúcar no sangue, a saúde óssea e o funcionamento do sistema nervoso.
Porém, quando seus níveis estão baixos, podem surgir sintomas como cansaço, câimbras, irritabilidade e até alterações cardiovasculares, além de um aumento nos processos inflamatórios que aceleram o envelhecimento.
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Sebastián La Rosa, médico e professor especializado em longevidade e saúde metabólica, destacou em suas redes sociais a importância do magnésio como um dos minerais fundamentais para retardar o envelhecimento biológico.
Segundo ele, esse micronutriente essencial participa de mecanismos que regulam a inflamação, a sensibilidade à insulina e a reparação celular. Todos diretamente relacionados à velocidade com que o corpo envelhece.
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“Quando falta magnésio, aumentam sinais inflamatórios como interleucina-1 e TNF-alfa, favorecendo um ‘clima’ inflamatório nos tecidos”, explicou o especialista em sua conta no Instagram, ao se referir à ligação entre a deficiência desse mineral e o surgimento de processos inflamatórios que aceleram o desgaste do organismo.
La Rosa afirma ainda que essa relação pode ser observada por meio de exames de sangue que medem marcadores inflamatórios, os quais permitem estimar a idade biológica de uma pessoa e antecipar possíveis problemas de saúde.
E, ainda sobre o tema desta reportagem, descubra o melhor tipo de magnésio para aliviar câimbras e dores musculares.
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O envelhecimento é resultado de um desequilíbrio energético que prioriza a reprodução em detrimento da reparação do corpo.
“Se a evolução nos preparou para sobreviver, por que não nos adaptamos para viver mais tempo? A resposta está nos recursos limitados: o corpo prioriza a reprodução e a transmissão do DNA antes da reparação a longo prazo”, explicou.
Esse equilíbrio energético depende, em grande parte, da sensibilidade das células aos nutrientes — um processo conhecido como regulação do “sensor nutricional”. Quando esse mecanismo se altera, o envelhecimento se acelera.
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O magnésio tem papel essencial nesse processo, pois influencia a sensibilidade à insulina e a capacidade das células de decidir entre se reproduzir ou se manter em boas condições. Níveis baixos desse mineral estão associados a maior risco de diabetes e a um envelhecimento mais rápido do organismo.
O magnésio também atua em um dos mecanismos centrais do envelhecimento: a inflamação, um fenômeno biológico conhecido como “inflamaging”.
Além disso, uma fruta ficou muito famosa no Brasil por causa do seriado Chaves. Ela tem mais magnésio que o abacate.
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A relação entre os dois processos é tão estreita que, segundo o médico, “hoje já é possível usar marcadores ou substâncias no sangue que se correlacionam com o nível de inflamação para medir a idade biológica e entender o quão rápido o corpo está envelhecendo em comparação com a idade cronológica”.
Além disso, a deficiência de magnésio aumenta a liberação de interleucina-1 e TNF-alfa, entre outras substâncias inflamatórias que criam um ambiente prejudicial aos tecidos. “Essencialmente, são compostos que geram um clima pró-inflamatório no corpo, nas células e nos tecidos”, acrescentou o especialista.
Outro ponto de alerta é que a falta de magnésio também intensifica a agregação plaquetária (a tendência das plaquetas de se unirem), o que não apenas acelera o envelhecimento, como também afeta diretamente a saúde cardiovascular.
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