E de onde ela vem? Da cana-de-açúcar, da beterraba e também de várias frutas. É por isso que aparece tanto em produtos industrializados doces, refrigerantes, pães, biscoitos, sucos e até alimentos salgados que usam açúcar para realçar o sabor. / Freepik
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A sacarose é o famoso açúcar de mesa, aquele cristal branco que adoça nosso dia, presente no café da manhã, nos bolos, nas sobremesas e até em molhos prontos que você nem imagina. Mas será que você realmente sabe o que ela é?
Tecnicamente, a sacarose é um dissacarídeo, ou seja, uma molécula formada pela união de dois açúcares simples: glicose e frutose. Essa combinação a torna um carboidrato muito eficiente para fornecer energia, mas também um grande vilão quando consumida em excesso.
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E de onde ela vem? Da cana-de-açúcar, da beterraba e também de várias frutas. É por isso que aparece tanto em produtos industrializados, doces, refrigerantes, pães, biscoitos, sucos e até alimentos salgados que utilizam açúcar para realçar o sabor.
E como o tema dessa reportagem é o açúcar, conheça um adoçante comum em produtos zero que pode afetar cérebro e coração, segundo uma pesquisa.
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Quando você consome algo com sacarose, o processo começa na digestão. A enzima sacarase (ou invertase), presente no intestino delgado, quebra a sacarose em duas partes: glicose e frutose.
A glicose vai direto para o sangue, aumentando a glicemia e proporcionando aquele pico de energia que muita gente adora. É por isso que, quando você está cansado e come um doce, sente-se revigorado quase imediatamente.
A frutose, por outro lado, segue um caminho diferente: ela vai para o fígado, onde parte pode ser convertida em glicose, mas outra parte se transforma em gordura. E é aí que começa a preocupação.
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Picos frequentes de glicemia fazem o corpo liberar insulina em excesso, hormônio responsável por levar a glicose para dentro das células. O problema é que, com o tempo, isso pode levar à resistência à insulina, um dos primeiros sinais do diabetes tipo 2.
Além disso, quando há excesso de frutose no fígado, o risco de desenvolver esteatose hepática não alcoólica (a famosa gordura no fígado) aumenta consideravelmente.
Ainda sobre este tema, confira o vídeo produzido pelo canal Olá, Ciência! no YouTube.
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Consumir sacarose de vez em quando não é um problema. O perigo está na quantidade, e hoje ela está presente em quase tudo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que menos de 10% das calorias diárias venham de açúcares adicionados, incluindo a sacarose. O ideal seria reduzir para 5%.
Quando passamos desse limite, os riscos aumentam. Veja os principais:
A energia rápida que a sacarose fornece é ótima para atletas depois de um treino pesado, mas, no dia a dia, vira caloria extra. Se não for gasta, se transforma em gordura armazenada.
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O consumo frequente causa resistência à insulina, abrindo caminho para essa doença silenciosa.
Mais gordura no corpo, mais colesterol e triglicerídeos altos, mais risco para o coração.
O excesso de frutose é um dos grandes culpados pelo acúmulo de gordura nesse órgão vital.
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As bactérias da boca adoram a sacarose e a usam como combustível para produzir ácidos que destroem o esmalte dentário.
Depois daquele doce, você se sente ótimo… por pouco tempo. Logo vem a queda, com cansaço, irritação e até dor de cabeça.
E tem mais: estudos mostram que uma dieta rica em açúcar pode afetar até a saúde mental, aumentando sintomas de ansiedade e depressão.
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A sacarose tem um papel importante: é fonte de energia rápida e pode ser útil em situações específicas, como durante ou após exercícios intensos, quando o corpo precisa repor glicose rapidamente.
Mas o que era uma vantagem para os nossos ancestrais caçadores, que tinham pouco acesso a carboidratos simples, hoje é um problema, porque vivemos cercados por excesso de açúcar.
Ou seja: o perigo não está na sacarose em si, mas na quantidade que consumimos.
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Manter a moderação é a chave. Substituir bebidas açucaradas por água, trocar doces por frutas e reduzir industrializados são medidas simples que fazem toda a diferença, veja 7 alimentos que ajudam a equilibrar a glicemia e a reduzir o açúcar no sangue.