A câmera promete avaliar a saúde da pessoa através do cocô, mas possui falha de privacidade / Divulgação/Kohler Health
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A Kohler, tradicional fabricante americana de itens para banheiro, lançou a Dekoda, uma câmera de vaso sanitário de alto padrão que se encaixa na borda da privada para fotografar e analisar fezes e urina em busca de sinais de problemas de saúde.
O equipamento, vendido por cerca de US$ 599, chegou ao mercado com a promessa de “criptografia de ponta a ponta”, dando a entender que nem a própria empresa teria acesso às imagens e aos dados gerados.
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Uma análise técnica recente, porém, mostrou que a proteção oferecida é bem diferente da ideia de privacidade máxima que o consumidor costuma associar a esse termo, acendendo o alerta sobre o quanto esse tipo de gadget pode invadir a intimidade do usuário.
Na prática, o sistema criptografa as informações em trânsito e no armazenamento, mas as chaves de acesso ficam sob controle da empresa, que consegue descriptografar o conteúdo em seus servidores e utilizar os registros para treinar algoritmos de inteligência artificial e aprimorar o serviço.
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Especialistas em segurança digital apontam que isso se aproxima mais da criptografia padrão usada em sites e aplicativos do que do modelo em que apenas emissor e receptor conseguem ler os dados.
O caso reacendeu o debate sobre dispositivos de saúde conectados que coletam dados extremamente íntimos fora do guarda-chuva das leis médicas tradicionais, levantando questionamentos sobre transparência, consentimento e limites éticos no uso comercial dessas informações.
*Com informações da PCMag
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