Cerveja apresenta uma combinação de carboidratos e álcool, além de pequenas quantidades de minerais / Tembela Bohle/Pexels
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No Dia Mundial da Cerveja, celebrado nesta quinta-feira (1º de agosto), uma dúvida frequente entre pessoas com diabetes ganha destaque: é possível aproveitar a data sem colocar a saúde em risco? A resposta, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), é sim — desde que com moderação, planejamento e acompanhamento médico.
A cerveja é produzida a partir da fermentação de cereais como a cevada maltada, além de conter água, lúpulo e leveduras. Com isso, a bebida alcoólica apresenta uma combinação de carboidratos e álcool, além de pequenas quantidades de minerais.
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Algumas versões artesanais ou comerciais também podem conter adição de açúcar, frutas e especiarias, o que altera o teor calórico e o impacto na glicemia.
“Essas variações podem elevar o índice glicêmico da cerveja e, por isso, devem ser observadas com atenção”, explica Tarcila Campos, do Departamento de Nutrição da SBD. Ela alerta que tanto a hiperglicemia quanto a hipoglicemia podem ocorrer após o consumo de álcool, principalmente em pessoas que fazem uso de insulina ou medicamentos hipoglicemiantes.
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Além disso, o álcool é calórico: fornece 7 kcal por grama e não possui nenhum nutriente essencial. Em excesso, contribui para o ganho de peso e dificulta o controle glicêmico.
Mesmo as versões “sem álcool” merecem cautela. “Muitos rótulos indicam adição de açúcar e alto teor de carboidrato. Por isso, é fundamental ler os ingredientes e dar preferência às opções com menos carboidratos”, reforça a nutricionista.
A cerveja, portanto, pode ser incluída de forma esporádica na rotina alimentar da pessoa com diabetes, desde que as adaptações nutricionais e possíveis ajustes na medicação sejam orientados por um nutricionista e um médico.
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“Cada pessoa tem uma resposta diferente, por isso é importante avaliar caso a caso”, completa Tarcila.
A própria SBD lembra que, mesmo entre pessoas sem diagnóstico de diabetes, o consumo excessivo de álcool está associado a um risco até 78% maior de desenvolver a doença, segundo estudos recentes. Isso reforça que não existe uma dose totalmente segura para o controle glicêmico ou para a prevenção do diabetes.
Para uma comemoração segura, a SBD recomenda:
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