De onde vem e como evitar a vontade de 'docinho' durante o dia / Reprodução/Pexels
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Os chamados picos de glicose ocorrem quando consumimos apenas alimentos muito calóricos, como doces, por um determinado período. O carboidrato presente nesses alimentos é convertido em glicose, um tipo de açúcar, no organismo, fornecendo energia ao corpo.
No entanto, a longo prazo, esses picos podem contribuir para o acúmulo indesejado de gordura e aumentar o risco de problemas de saúde. Por isso, o equilíbrio é fundamental para se manter saudável sem precisar abrir mão do açúcar. Mas, por que gostamos tanto de um docinho pós-almoço? A resposta está no nosso cérebro
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O açúcar dos doces, por exemplo, ativa o sistema de recompensa do cérebro, influenciando a liberação de substâncias como serotonina e dopamina, essenciais para manter a sensação de felicidade e bem-estar. Ele é importante porque fornece energia para o funcionamento de todas as partes do corpo, permitindo que possamos brincar, aprender e crescer. No entanto, o consumo excessivo pode trazer prejuízos.
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Além de dificultar a perda de peso, os picos de glicose podem representar um risco grave para pessoas com diabetes, que têm deficiência de insulina.
Eles podem causar sintomas imediatos, como cansaço extremo, sede intensa e visão embaçada. Em casos mais graves, quando o corpo não consegue usar a glicose para obter energia, ele passa a queimar gordura e produzir os chamados “corpos cetônicos”.
Quando essas substâncias se acumulam em excesso, o sangue fica mais ácido, prejudicando o funcionamento dos órgãos e podendo causar complicações sérias, como danos nos rins e no coração.
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Para pessoas sem diabetes, os picos de glicose contribuem diretamente para o ganho de gordura devido ao excesso de calorias. No entanto, isso não significa que todos os alimentos devem ser evitados, frutas como banana e preparações como a tapioca, que liberam açúcar de forma natural, são bem aceitas em dietas equilibradas. O cuidado maior deve ser com carboidratos refinados e industrializados, conhecidos como “alimentos rápidos”, que exigem atenção e moderação.
Aqui estão algumas dicas para te ajudar a não cair na tentação dos picos de glicose:
E quando bate aquela vontade de doce? Tem como evitar? Uma dica é dar preferência ao consumo de fibras e proteínas antes de comer carboidrato para retardar a absorção da glicose. É o que acontece, por exemplo, quando comemos salada antes do almoço ou comemos uma fruta antes de tomar café, a sensação de saciedade é maior.
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Essa estratégia, chamada carga glicêmica, faz com que a digestão seja mais lenta, reduzindo o impacto dos carboidratos nos níveis de glicose
Combinar carboidratos com fibras, proteínas ou gorduras saudáveis é a estratégia mais comumente usada para evitar o aumento rápido de açúcar no sangue.
Por exemplo, em vez de consumir pão ou tapioca, optar por pão integral ou tapioca com farelo. Incluindo mais fibra sem tirar o carboidrato.
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Além disso, alimentos com alto índice glicêmico, como a tapioca, também fazem a fome voltar logo em seguida. Isso acontece porque a tapioca, por ser basicamente carboidrato e sem fibras, tem esse efeito.
Complementar a alimentação ajuda no processo de emagrecimento e contribui para uma maior inserção de nutrientes. Confira mais algumas dicas no vídeo produzio pelo canal "Tua Saúde"
Existe um momento onde o pico de glicose pode fazer sentido e ser de grande ajuda. Após exercícios intensos ou longos, é importante consumir alimentos com alto índice glicêmico para repor o glicogênio — a principal fonte de energia dos músculos.
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Nesse momento, o corpo absorve melhor a glicose, e os carboidratos de rápida absorção (como pães, frutas secas, batata e até pequenas porções de doce de leite) ajudam na recuperação muscular.
Mesmo quem busca emagrecimento pode incluir esses alimentos, desde que em quantidades controladas. Nas horas seguintes ao treino, o consumo de proteínas é essencial para reconstruir e fortalecer os músculos, acelerando a recuperação.