Saúde

Covid-19: Brasil terá vacina no primeiro semestre de 2021, aponta Anvisa

Diretor-presidente da agência ressaltou que o órgão regulador já aprovou vacinas com menos de 50% de eficácia

Gazeta de S. Paulo

Publicado em 30/10/2020 às 13:10

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Até o momento, quatro empresas estão produzindo imunizantes contra a doença / Freepik

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O Brasil terá uma vacina contra a Covid-19 entre janeiro e junho de 2021, segundo o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres. O diretor ressaltou que o órgão, mesmo não tendo uma decisão sobre o percentual do imunizante contra o coronavírus, já autorizou vacinas anteriores com menos de 50% de eficácia

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"Acredito, pelo que temos observado, que o tempo para isso acontecer será em algum momento entre o primeiro mês e o sexto mês de 2021, ou seja, no primeiro semestre de 2021. Por enquanto é isso que acredito em face do que temos visto", afirmou o presidente em entrevista à “Reuters”.

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"Obviamente isso pode mudar, eu espero que não, espero que fiquemos dentro desse período de tempo, mas é uma estimativa que eu faço", completou. "Algumas pessoas são menos otimistas, outras são até mais otimistas, acham que antes, eu acho que antes não é possível, eu ficaria com alguma coisa entre janeiro e junho de 2021”, disse Barra Torres.

O diretor-presidente destacou que ainda não há um consenso sobre a eficácia da vacina, mas que esta é uma situação “totalmente diferenciada” e que o órgão já autorizou vacinas para a Influenza com percentual abaixo de 50%.

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Vacinas

O diretor-presidente da Agência disse que haverá uma análise técnica de todos os pedidos de imunizante que porventura forem ao órgão regulador.

Até o momento, quatro empresas estão produzindo imunizantes contra a doença: AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford; Pfizer em parceria com a BioNTech; Johnson & Johnson, por meio da subsidiária Janssen, e a Sinovac.

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"A blindagem da Anvisa (sobre discussões políticas) é a alta capacitação dos seus servidores e a profunda dedicação desses mesmos servidores em encontrar as soluções adequadas para o problema. Essa é a maior blindagem. E é claro, nós, os seus diretores, nós somos cinco, nós não nos envolvemos com nenhuma questão política", falou sobre a situação Brasília e de São Paulo no caso da vacina produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac.

Para Barra Torres, não há diferenciação em razão da origem nos quatros processos de testes de vacina contra Covid-19.

"Não há para nós um peso, uma diferenciação, um conceito pré-estabelecido em relação a origens, realmente temos origens diferentes, mas estamos adotando o mesmo regramento, o mesmo detalhamento para todas as vacinas que estão em andamento conosco", informou.

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De acordo com o diretor-presidente, não teve atraso na aprovação de importação de insumos para a produção da vacina da Sinovac pelo Instituto Butantan. A afirmação ocorreu após o centro de pesquisas ligado ao governo paulista alegar essa situação.

Ainda de acordo com Barra Torres, o pedido do instituto foi apresentado inicialmente à Anvisa em 23 de setembro, contudo, após a primeira análise foram apontadas "deficiências" e "fragilidades" na requisição. "Não há que se falar em atraso", finalizou o diretor.

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