O que você come pode mudar o seu humor e não é psicológico / Reprodução/Pexels
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O impacto de alguns alimentos, quando consumidos em excesso, pode afetar o comportamento e o humor das pessoas — mesmo quando parecem saudáveis.
Um estudo publicado pela revista Nature Metabolism no ano passado trouxe evidências de como o nosso humor e os níveis de insulina podem ser influenciados diretamente pelo que comemos.
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Para comprovar essa hipótese, os pesquisadores selecionaram um grupo de homens jovens, saudáveis e com IMC normal. O primeiro teste consistiu em uma dieta hipercalórica, com 1.500 calorias extras por cinco dias, priorizando alimentos ultraprocessados, como chocolate, batata chips e doces.
Após esse período, todos retornaram à alimentação habitual por sete dias. Os resultados antes e depois trouxeram reflexões importantes sobre a relação entre dieta e funcionamento cerebral.
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Segundo os pesquisadores, houve redução significativa da ação da insulina no núcleo caudado, região do cérebro associada à recompensa, motivação e comportamento alimentar.
Essa alteração no processamento emocional aumentou a sensibilidade à punição e reduziu a resposta à recompensa, mesmo após o retorno à dieta normal.
Embora o peso corporal e os parâmetros laboratoriais não tenham se alterado, a resistência insulínica cerebral permaneceu, indicando que o impacto metabólico central acontece antes de qualquer sinal periférico. No vídeo abaixo, produzido pelo canal Nutrye Nutrição Eficiente, entenda mais sobre a relação Alimentação e Humor.
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O estudo demonstrou que mesmo uma mudança alimentar de curto prazo pode afetar a forma como o cérebro processa os sinais de prazer, recompensa e ansiedade. Isso pode contribuir para episódios de compulsão alimentar, dificuldade de controle e problemas em retomar uma dieta equilibrada.
A principal conclusão é que essas alterações também ocorrem em pessoas saudáveis. Por isso, em casos de dificuldade para manter hábitos equilibrados, é importante observar não apenas os níveis de glicemia e IMC, mas também a resposta cerebral à insulina.