A técnica representa uma alternativa segura e eficaz para o controle dos sintomas motores da doença / Freepik
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Um dos principais desafios para quem convive com o Parkinson é manter a autonomia diante dos sintomas motores que a doença provoca. Embora não haja cura, um procedimento cirúrgico chamado Estimulação Cerebral Profunda (DBS, na sigla em inglês) tem sido uma alternativa eficaz para devolver qualidade de vida a muitos pacientes.
Essa técnica inovadora permite controlar tremores, rigidez e movimentos involuntários, sintomas típicos do Parkinson.
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Com isso, torna-se possível realizar tarefas do dia a dia com mais facilidade e independência, promovendo bem-estar tanto para o paciente quanto para seus familiares.
A Estimulação Cerebral Profunda é um procedimento que utiliza impulsos elétricos em áreas específicas do cérebro. A técnica consiste na implantação de eletrodos que se conectam a um neuroestimulador semelhante a um marca-passo.
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Esses componentes, invisíveis sob a pele, emitem sinais que regulam o funcionamento dos neurônios ao redor, aliviando os sintomas motores.
No caso do Parkinson, a região-alvo da estimulação é o Núcleo Subtalâmico, uma pequena área cerebral afetada pela doença. A estimulação contínua dessa estrutura ajuda a normalizar os circuitos neurológicos comprometidos.
O paciente é internado no dia anterior ao procedimento. A equipe médica realiza exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, para planejar com precisão o local de implantação dos eletrodos.
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A cirurgia é feita sob sedação leve e anestesia local, com pequenas incisões no couro cabeludo.
Após a fixação dos eletrodos, o paciente é completamente sedado para a implantação das extensões e do neuroestimulador, que é posicionado na região do tórax ou do abdômen.
O avanço da tecnologia permitiu que o procedimento fosse reduzido a uma única etapa, com possibilidade de implantação bilateral dos eletrodos. A recuperação costuma ser rápida e não requer UTI, sendo comum a alta hospitalar ocorrer dois dias após a cirurgia.
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Os efeitos positivos da Estimulação Cerebral Profunda incluem:
Com esses avanços, os pacientes geralmente voltam a realizar suas atividades diárias com mais autonomia e menos limitações.
Embora a maioria dos pacientes com Parkinson possa ser candidata à DBS, a indicação depende de uma avaliação médica detalhada. O especialista irá analisar o estágio da doença e a resposta individual ao tratamento para decidir se o procedimento é adequado.
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A técnica, apesar de não ser indicada para todos os casos, representa uma alternativa segura e eficaz para o controle dos sintomas motores da doença, melhorando de forma significativa a qualidade de vida de quem enfrenta o Parkinson.