Saúde

Cientistas uruguaios desenvolvem o 1º medicamento contra obesidade da América do Sul

Fármaco desenvolvido no Uruguai reduz gordura corporal sem inibir o apetite e foi aprovado em testes humanos

Luna Almeida

Publicado em 18/06/2025 às 12:10

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A novidade traz esperança no tratamento da obesidade e doenças associadas, como o diabetes tipo 2 / Freepik/jcomp

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Um novo medicamento contra a obesidade desenvolvido inteiramente na América do Sul apresentou resultados positivos em testes clínicos com humanos. Chamado de Sana, o remédio foi criado por cientistas do Institut Pasteur do Uruguai em parceria com a empresa Eolo Pharma e é o primeiro do continente a alcançar essa etapa com sucesso.

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A novidade traz esperança no tratamento da obesidade e doenças associadas, como o diabetes tipo 2. Os testes clínicos comprovaram a segurança do fármaco e sua eficácia na redução do índice de massa corporal (IMC) e da glicose no sangue, sem causar efeitos adversos relevantes.

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O Sana se diferencia de outros tratamentos por não atuar como inibidor de apetite. Seu mecanismo estimula o organismo a gastar mais energia, ativando o tecido adiposo como se o corpo estivesse reagindo ao frio. 

Esse processo induz o uso das reservas de gordura para a produção de calor, o que contribui para a perda de peso. Nos ensaios clínicos, os voluntários chegaram a perder até 3% do IMC.

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Segundo o médico Carlos Escande, especialista em farmacologia e um dos cofundadores da Eolo Pharma, o medicamento foi pensado especificamente para combater a obesidade com uma abordagem inovadora. A administração é oral e o tratamento pode ser feito em casa, desde que com acompanhamento profissional.

A primeira fase dos testes envolveu 44 participantes e o próximo passo está previsto para novembro ou dezembro deste ano, com estudos em maior escala com pessoas obesas ou com sobrepeso.

Apesar dos bons resultados, o Sana deve levar ainda cerca de cinco anos para ser disponibilizado no mercado, devido ao processo de aprovação junto às agências reguladoras.

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O avanço representa um marco importante para a ciência farmacêutica da América do Sul, especialmente diante do crescimento global dos casos de obesidade.

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