Bloqueio genético ataca ponto fraco crucial de células cancerosas agressivas. / Freepik
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Uma equipe de cientistas australianos desvendou um ponto fraco genético inesperado em cânceres altamente agressivos. Incluem-se os que afetam fígado, pulmões e estômago. Esta revelação é um marco na busca por novas terapias.
Publicada na renomada revista EMBO Reports, a pesquisa destaca a importância de inibir o mecanismo de splicing menor. Essencial para a sobrevivência de certos tumores, ele é curiosamente irrelevante para a maioria das células normais.
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Os testes realizados em modelos animais e em células humanas mostraram resultados significativos. A interrupção deste processo resultou em uma redução notável no crescimento dos tumores, um sinal muito promissor.
Um grupo de pesquisadores australianos do instituto WEHI identificou uma vulnerabilidade genética até então desconhecida. Trata-se do splicing menor, raro no genoma humano (0,05%), mas crucial para a replicação desenfreada de células cancerosas.
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Essa descoberta é particularmente relevante para cânceres com mutações no gene KRAS, notoriamente difíceis de tratar. A nova abordagem foca em um caminho alternativo, sem a necessidade de atacar diretamente as mutações.
Em seu canal no You Tube, o Dr. Rogério Leite revelou qual o tipo de câncer mais agressivo:
Em vez de mirar as mutações genéticas, a nova estratégia concentra-se em um processo vital para a expansão dos tumores. Ao reduzir a proteína RNPC3 pela metade, componente essencial do splicing menor, notou-se expressiva diminuição da carga tumoral.
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A professora Joan Heath, do WEHI, ressalta: "A pesquisa oferece uma nova maneira de abordar um problema que há muito tempo resiste às abordagens convencionais, com o potencial de ajudar um grupo muito maior de pacientes." Um passo gigante.
O bloqueio do splicing menor também desencadeia a ativação da via p53, amplamente conhecida como a "guardiã do genoma". Este mecanismo inato atua impedindo a multiplicação de células com DNA danificado, estimulando seu reparo ou induzindo sua morte.
A pesquisadora Karen Doggett, primeira autora do estudo, afirma: "O bloqueio de pequenos splicings causa danos ao DNA e ativa essa resposta defensiva crítica, o que significa que cânceres com uma via p53 funcional provavelmente são especialmente vulneráveis a essa estratégia."
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E para prevenir o câncer, esse vegetal comum em muitas cozinhas é uma ferramenta importante.
Em um esforço contínuo, a equipe já avaliou mais de 270 mil moléculas. Esse processo permitiu a identificação de diversas com grande potencial para serem desenvolvidas como futuros medicamentos. O próximo desafio é traduzir isso em terapia clínica viável.
Se for bem-sucedida, essa estratégia pode oferecer esperança concreta a pacientes. Especialmente para aqueles que lutam contra tumores com poucas opções de tratamento. Abre-se um novo e animador capítulo na oncologia.
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O futuro também é promissor para quem tem diabetes: um tratamento inédito permitirá o controle do tipo 1 da doença sem uso de insulina.