Saúde

Cientistas identificam 'falha' no corpo humano que pode parar cânceres agressivos

Descoberta em tumores resistentes pode abrir caminho para tratamentos mais eficazes

Agência Diário

Publicado em 23/08/2025 às 15:04

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Bloqueio genético ataca ponto fraco crucial de células cancerosas agressivas. / Freepik

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Uma equipe de cientistas australianos desvendou um ponto fraco genético inesperado em cânceres altamente agressivos. Incluem-se os que afetam fígado, pulmões e estômago. Esta revelação é um marco na busca por novas terapias.

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Publicada na renomada revista EMBO Reports, a pesquisa destaca a importância de inibir o mecanismo de splicing menor. Essencial para a sobrevivência de certos tumores, ele é curiosamente irrelevante para a maioria das células normais.

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Os testes realizados em modelos animais e em células humanas mostraram resultados significativos. A interrupção deste processo resultou em uma redução notável no crescimento dos tumores, um sinal muito promissor.

O ponto fraco genético inesperado foi localizado em cânceres altamente agressivos / swiftsciencewriting/Pixabay
O ponto fraco genético inesperado foi localizado em cânceres altamente agressivos / swiftsciencewriting/Pixabay
Descoberta pode mudar forma como tratamento é feito / Jessica7191/Pixabay
Descoberta pode mudar forma como tratamento é feito / Jessica7191/Pixabay
Diversos testes e análises foram realizados antes da conclusão / PublicDomainPictures/Pixabay
Diversos testes e análises foram realizados antes da conclusão / PublicDomainPictures/Pixabay
As avaliações foram feitas por cientistas em laboratório / lucasjackson1/Pixabay
As avaliações foram feitas por cientistas em laboratório / lucasjackson1/Pixabay
As análises foram feitas em laboratório ao longo do tempo / chaiyananuwatmongkolchai/Pixabay
As análises foram feitas em laboratório ao longo do tempo / chaiyananuwatmongkolchai/Pixabay

O ponto fraco oculto do câncer

Um grupo de pesquisadores australianos do instituto WEHI identificou uma vulnerabilidade genética até então desconhecida. Trata-se do splicing menor, raro no genoma humano (0,05%), mas crucial para a replicação desenfreada de células cancerosas.

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Essa descoberta é particularmente relevante para cânceres com mutações no gene KRAS, notoriamente difíceis de tratar. A nova abordagem foca em um caminho alternativo, sem a necessidade de atacar diretamente as mutações.

Em seu canal no You Tube, o Dr. Rogério Leite revelou qual o tipo de câncer mais agressivo:

Como o "bloqueio" oferece alívio

Em vez de mirar as mutações genéticas, a nova estratégia concentra-se em um processo vital para a expansão dos tumores. Ao reduzir a proteína RNPC3 pela metade, componente essencial do splicing menor, notou-se expressiva diminuição da carga tumoral.

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A professora Joan Heath, do WEHI, ressalta: "A pesquisa oferece uma nova maneira de abordar um problema que há muito tempo resiste às abordagens convencionais, com o potencial de ajudar um grupo muito maior de pacientes." Um passo gigante.

A força do guardião interno

O bloqueio do splicing menor também desencadeia a ativação da via p53, amplamente conhecida como a "guardiã do genoma". Este mecanismo inato atua impedindo a multiplicação de células com DNA danificado, estimulando seu reparo ou induzindo sua morte.

A pesquisadora Karen Doggett, primeira autora do estudo, afirma: "O bloqueio de pequenos splicings causa danos ao DNA e ativa essa resposta defensiva crítica, o que significa que cânceres com uma via p53 funcional provavelmente são especialmente vulneráveis a essa estratégia."

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E para prevenir o câncer, esse vegetal comum em muitas cozinhas é uma ferramenta importante.

Futuro promissor para pacientes

Em um esforço contínuo, a equipe já avaliou mais de 270 mil moléculas. Esse processo permitiu a identificação de diversas com grande potencial para serem desenvolvidas como futuros medicamentos. O próximo desafio é traduzir isso em terapia clínica viável.

Se for bem-sucedida, essa estratégia pode oferecer esperança concreta a pacientes. Especialmente para aqueles que lutam contra tumores com poucas opções de tratamento. Abre-se um novo e animador capítulo na oncologia.

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O futuro também é promissor para quem tem diabetes: um tratamento inédito permitirá o controle do tipo 1 da doença sem uso de insulina.

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