Saúde
A Secretaria de Saúde orienta toda a rede assistencial da Baixada Santista sobre como proceder em casos de intoxicação por metanol
Casos de intoxicação e até mortes ligadas ao consumo de bebidas adulteradas com metanol voltaram a assustar o país / Pexels
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Casos de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, que já resultaram em mortes e internações em São Paulo, chegaram ao radar da Baixada Santista e colocaram autoridades locais em alerta. A Secretaria de Estado da Saúde confirmou nesta quinta-feira (2) que há um caso em investigação em Santos e outro em São Vicente.
Em Santos, a Secretaria de Saúde orientou toda a rede assistencial pública e privada sobre como proceder diante de pacientes com suspeita de intoxicação pela substância. Já em São Vicente, a Prefeitura criou um Comitê Municipal para coordenar ações de prevenção e fiscalização.
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O grupo de fiscalização reúne secretarias municipais, o Procon, a Vigilância Sanitária e terá apoio das polícias Civil e Militar. O prefeito Kayo Amado destacou que a iniciativa busca preservar a vida e a saúde dos munícipes: “É importante que a população esteja atenta, principalmente quando for consumir alguma bebida alcoólica. [...] Caso notem algo, acionem os órgãos competentes e, se sentirem qualquer efeito incomum, busquem atendimento médico o mais rápido possível.”.
A Vigilância Sanitária de Santos intensificou a fiscalização em comércios. Em conjunto com a Secretaria de Finanças, tem atuado em bares e adegas para verificar o alvará de funcionamento e a procedência dos produtos alcoólicos. A recomendação é que a população adquira bebidas apenas em locais regularizados e sempre exija a nota fiscal.
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“Orientamos todos os serviços da cidade, públicos e privados, a realizarem a notificação imediata de casos suspeitos de intoxicação por metanol à Seção de Vigilância Epidemiológica de Santos, conforme norma do Ministério da Saúde. Acompanharemos cada uma das notificações até o desfecho clínico”, afirmou o secretário de Saúde de Santos, Fábio Lopez.
O Procon de São Vicente também reforçou as orientações aos comerciantes e consumidores para adquirir apenas de fornecedores idôneos, exigir nota fiscal, evitar produtos de origem duvidosa e conferir sempre prazo de validade e condições da embalagem.
Com a criação do comitê e a intensificação das fiscalizações, as duas cidades esperam conter a chegada das bebidas adulteradas ao litoral e proteger a população dos riscos de intoxicação.
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No total, o balanço do governo aponta 40 casos em investigação e 11 confirmados, sendo 39 somente em São Paulo. Já foram contabilizados cinco óbitos, sendo três na Capital paulista e dois em São Bernardo do Campo.
Os sintomas iniciais de intoxicação incluem náuseas, tontura, vômitos, dor de cabeça e embriaguez. Em estágios mais graves, podem surgir alterações visuais, acidose metabólica, coma e até a morte.
A adulteração com metanol é considerada extremamente grave, pois se transforma em ácido fórmico no organismo, podendo causar cegueira, danos neurológicos irreversíveis e risco de morte.
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A diretora de Vigilância em Saúde, Débora Mendonça Rabello Carvalho, alerta que, em caso de suspeita, a denúncia deve ser feita imediatamente para que os produtos sejam recolhidos e inutilizados.
Nesta quinta (2), fiscalizações interditaram três novas adegas de São Paulo, elevando o número de estabelecimentos fechados por suspeita de venda de bebidas adulteradas em Osasco e na zona sul da capital.
Os novos fechamentos se somam a outros seis já realizados durante esta semana pela operação conjunta do Governo de São Paulo em resposta aos casos de intoxicação por metanol.
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