Na imagem, o médico infectologista, Marcos Caseiro (à direita); o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz e a chefe de Vigilância Sanitária da Prefeitura, Ana Paula Valeiros / Paolo Perillo/DL
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Vem de Minas Gerais o primeiro caso suspeito de febre amarela tratado em Santos. O jovem de 16 anos, que ficou internado por dois dias no Hospital Beneficência Portuguesa, teria contraído a doença durante um acampamento no Estado.
O adolescente é morador do Morumbi, na capital. Por isso, se confirmada, a ocorrência será contabilizada como importada.
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Entre os dias 07 e 21 de janeiro, o adolescente participou de um acampamento na cidade de São Sebastião das Águas Claras, em Minas. No dia 18, quando ainda estava no local, foi vacinado contra a febre amarela.
Ao sair do acampamento, o jovem veio para a casa de familiares em Santos, enquanto os pais participavam de um cruzeiro.
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“Ele estava na casa de parentes e a família é de São Paulo. Portanto, não se trata de um santista. Nós temos plena convicção que não houve contaminação na nossa cidade, nem na nossa região”, explicou o Secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz.
De acordo com o médico infectologista Marcos Caseiro, chamado para acompanhar o caso junto à Prefeitura, o menino relatou ter um pequeno quadro febril no dia 22, quando chegou em Santos. Os sintomas pioraram e, no dia 24, os familiares resolveram levá-lo ao hospital onde foi internado.
Ao perceber os sintomas característicos da febre amarela, a equipe médica comunicou a Vigilância Sanitária, que começou a acompanhar o caso.
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“Fui vê-lo às 11h do dia 25, ele tinha plaquetas baixas e uma lesão renal, mas não tinha coagulopatia”, disse o infectologista. O exame de sangue foi encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, órgão oficial do Estado.
Avisados da situação do filho, os pais retornaram e optaram por transferi-lo para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, ainda na quinta-feira. O jovem teve alta na manhã de ontem.
“Eles tiveram um resultado prévio positivo de febre amarela. Essa conclusão é do hospital e não do Adolfo Lutz”, afirmou Caseiro. Dessa forma, o caso - do ponto de vista oficial - é tratado como uma suspeita.
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O exame tem um prazo de sete dias úteis para ficar pronto e deve ser divulgado até o fim desta semana. Mesmo se houver confirmação, esta não se dará como um caso da cidade de Santos, e sim de São Paulo.
Questionado sobre a possibilidade de febre amarela vacinal, o infectologista disse que é preciso fazer um sequenciamento do vírus. “No Einstein eles indicaram que é o vírus silvestre, mas também dependem do resultado do sequenciamento completo do Instituto Adolfo Lutz para ter essa confirmação”, relatou.
É importante ressaltar que não há motivo para alarde ou correria. “Não é um caso de Santos, só passou dois dias aqui e as medidas foram tomadas imediatamente”, disse o médico. “Não há a menor possibilidade que ele tenha contraído isso aqui. É um caso importado, que simplesmente passou por Santos. Não temos esse vírus circulando em ambiente urbano em hipótese nenhuma”, complementou.
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Medidas tomadas
Segundo a chefe de Vigilância Sanitária da Prefeitura, Ana Paula Valeiros, o órgão realizou o controle vetorial ao redor do Hospital Beneficência Portuguesa e da residência dos familiares do adolescente - no Canal 1, entre os bairros José Menino e Marapé.
“Uma equipe fez a nebulização costal em um raio de 200 metros onde o paciente estava. A medida diminui a população de mosquitos na região, evitando a proliferação na área. Isso foi feito na própria quinta-feira”, declarou Ana Paula.
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Campanha de vacinação em Santos
A Campanha de vacinação preventiva segue em Santos - e em toda a Baixada Santista - até o dia 17 de fevereiro. Neste sábado, ocorre o primeiro ‘Dia D’. Os postos estarão abertos das 8h às 17h apenas para vacinação.
“Em dois dias de campanha imunizamos mais de 12.300 santistas. A expectativa é que a gente imunize toda a população”, declarou o secretário. “É muito importante que as pessoas busquem a vacinação para que não tenhamos em momento algum a doença na cidade” finalizou.