O diagnóstico do câncer de pâncreas é complexo e depende da combinação de diferentes exames / Freepik/Lifestylememory
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O câncer de pâncreas é considerado um dos tipos mais agressivos de tumor maligno, com altos índices de mortalidade e baixa taxa de sobrevida. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), a estimativa é de mais de 10 mil novos casos por ano no Brasil entre 2023 e 2025.
Embora a incidência da doença historicamente seja semelhante entre homens e mulheres, pesquisas recentes apontam um leve crescimento nos casos entre mulheres mais jovens. A maior prevalência, no entanto, ainda ocorre em pessoas acima dos 55 anos, com pico entre os 60 e 80 anos.
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Diversos fatores aumentam o risco de desenvolver câncer de pâncreas, entre eles o tabagismo, obesidade – especialmente quando há acúmulo de gordura abdominal –, diabetes tipo 2 de início recente, pancreatite crônica, histórico familiar da doença e exposição a substâncias químicas no ambiente de trabalho.
Um dos grandes desafios no combate à doença é o fato de que, em seus estágios iniciais, ela costuma ser silenciosa.
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Mesmo quando surgem sinais, eles são inespecíficos. Os sintomas mais comuns incluem pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura, fezes claras, dores abdominais ou nas costas, perda de peso, falta de apetite, náuseas, vômitos, coceira na pele e fadiga.
O diagnóstico do câncer de pâncreas é complexo e depende da combinação de diferentes exames. Os principais são a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e a ultrassonografia endoscópica.
Além disso, exames laboratoriais, como a dosagem do marcador tumoral CA 19-9, também são utilizados. A confirmação definitiva do câncer ocorre por meio da biópsia, geralmente feita com o auxílio da ultrassonografia endoscópica.
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Entre os tumores malignos, o câncer de pâncreas está entre os que apresentam as menores taxas de sobrevida. O adenocarcinoma, tipo mais comum da doença, tem uma sobrevida de apenas 44% em cinco anos, mesmo quando diagnosticado precocemente. Em estágios avançados ou com metástase, esse índice cai para menos de 5%.
Existe também o tumor neuroendócrino, um subtipo menos agressivo e com menor taxa de mortalidade, embora continue sendo uma condição grave que requer atenção médica.
O tratamento do câncer de pâncreas depende do estágio da doença e do estado geral do paciente. Quando o tumor ainda não se espalhou e é possível retirá-lo, a cirurgia é o principal recurso, sendo indicada com intenção curativa.
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Em muitos casos, o tratamento inclui também sessões de quimioterapia, que podem ocorrer antes ou depois da operação. Já a radioterapia tem sido cada vez menos utilizada.
Algumas figuras públicas já foram diagnosticadas com câncer de pâncreas, como o cofundador da Apple, Steve Jobs, que teve um tumor neuroendócrino e faleceu após sete anos da descoberta da doença.
O tenor Luciano Pavarotti foi diagnosticado com adenocarcinoma e faleceu um ano após o diagnóstico. Mais recentemente, o guitarrista Tony Bellotto, da banda Titãs, revelou que passou por uma cirurgia para remoção de um adenocarcinoma em abril de 2025.
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