Pesquisas apontam o café como novo tratamento no controle do diabetes / Reprodução/Freepik
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Grãos de café podem esconder um segredo valioso para o controlo da diabetes. Pesquisas recentes revelam compostos promissores que, um dia, poderão ser usados como novos ingredientes alimentares funcionais, oferecendo uma nova perspectiva para quem vive com esta condição.
Um estudo chinês destaca três compostos capazes de inibir significativamente a α-glicosidase, enzima crucial na digestão de carboidratos.
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Esta descoberta é importante, já que a diabetes tipo 2, onde a insulina não funciona bem, afeta a maioria dos milhões de pessoas com diabetes.
Os diterpenos do café têm potenciais benefícios à saúde, incluindo prevenção de doenças como a diabetes. A complexidade dos grãos torrados dificultava a análise.
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Contudo, a equipa isolou três novos ésteres diterpênicos dos grãos de café Arábica, chamados caffaldeídos A, B e C. Estes mostraram uma inibição moderada da α-glicosidase, mais potente que a acarbose, fármaco que retarda a digestão de amidos.
O Canal "Olá, Ciência" fez um vídeo no qual mostra todos os benefícios da bebida:
Para identificar estas moléculas, cientistas usaram técnicas avançadas como ressonância magnética nuclear (RMN) e cromatografia líquida-espectrometria de massas (LC-MS/MS).
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Esta estratégia em três etapas permitiu descobrir os caffaldeídos e outros ésteres relacionados. O objetivo foi encontrar compostos ativos de forma eficiente, minimizando solventes e tempo de análise.
Embora promissores, os resultados de laboratório precisam de validação em humanos. Signe Svanfeldt, nutricionista-chefe da Lifesum, sublinha ao Newsweek que “para que um ingrediente seja útil, precisamos saber a dose efetiva, a segurança e a biodisponibilidade em humanos”.
Ela reforça que estes ingredientes são apenas complementos à dieta, exercício e medicação, “não substitutos”. Svanfeldt alerta: “Ainda não há comprovação de que os novos compostos deste artigo tenham efeitos em humanos.
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Beber café é bom como parte de um estilo de vida saudável, mas não deve ser visto como um tratamento para diabetes”. Os próximos passos incluem testar a segurança e eficácia in vivo desses diterpenos.