A doença possui três tipos: AVC hemorrágico, AVC transitório e AVC isquêmico / Reprodução
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O Acidente Vascular Cerebral (AVC) segue como um dos maiores desafios de saúde pública no Brasil. Segundo dados do Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil, a doença causou 75.699 mortes em 2019, número que subiu para 87.856 em 2022, caiu para 85.112 em 2023 e voltou a crescer em 2024, com 85.442 óbitos. Esses índices colocam o AVC como a segunda principal causa de morte no país, atrás apenas das doenças cardiovasculares.
No primeiro semestre de 2025, foram registradas 42.884 mortes por AVC, sendo 6.737 em janeiro, 6.232 em fevereiro, 6.818 em março, 6.938 em abril, 7.991 em maio e 8.168 em junho.
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O mês de outubro é marcado pelo Dia Mundial de Prevenção do AVC, celebrado em 29 de outubro. A data tem como objetivo ampliar a conscientização sobre fatores de risco, sinais de alerta e medidas de prevenção.
O neurologista do Hospital Japonês Santa Cruz, Dr. Flávio Sallem, ressalta a importância da rapidez no atendimento. “O AVC pode acontecer de forma súbita e exige intervenção imediata. Quanto mais rápido o paciente chega ao hospital, maiores são as chances de recuperação sem sequelas graves. Reconhecer os sinais e agir rápido faz toda a diferença”.
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Para identificar os sinais, existe um método simples, o acrônimo SAMU, que é descrito da seguinte forma: S – Sorriso: rosto pode ficar torto; A – Braço: perda súbita de força; M – Mensagem: fala enrolada ou confusa; U – Urgência: acione imediatamente o serviço de emergência pelo 192.
Segundo Dr. Sallem, até 90% dos casos poderiam ser evitados com hábitos saudáveis, como controle da pressão arterial, prática regular de atividades físicas, alimentação equilibrada e evitar o tabagismo.
“Informação salva vidas e a prevenção é o caminho mais eficaz para reduzir os impactos do AVC na sociedade”, conclui o especialista.
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Diversos nomes conhecidos já enfrentaram a doença no Brasil, reforçando a importância da conscientização. Entre eles, estão Roberto Carlos, que sofreu um AVC em 2018; Silvio Santos, diagnosticado em 2003; Chico Anysio, que descobriu em 1995; além de Marília Pêra, em 2015, e do Pelé, no ano de 2022.
O alerta é claro: reconhecer sinais precoces, agir rápido e adotar hábitos de vida saudáveis são medidas fundamentais para reduzir o impacto do AVC, que afeta milhares de brasileiros todos os anos.