Longe dos palcos, a hipnoterapia clínica é uma abordagem séria e reconhecida para o bem-estar / Foto: Reprodução/Freepik
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A hipnoterapia, uma abordagem terapêutica que muitos ainda veem com alguma curiosidade, está a ganhar cada vez mais espaço no tratamento de diversas condições psicológicas e emocionais.
Esta técnica, que utiliza a hipnose como ferramenta principal, mostra-se promissora para quem busca autoconhecimento e cura profunda.
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No Brasil, por exemplo, a sua popularidade tem crescido notavelmente. De acordo com uma pesquisa da Omni Brasil, cerca de 119 mil brasileiros já procuraram tratamentos complementares com hipnoterapia, evidenciando um aumento significativo na procura por profissionais qualificados na área.
Além disso, é importante notar que esta prática tem sido cada vez mais integrada em abordagens médicas convencionais, sendo reconhecida e até recomendada por órgãos de saúde em vários países.
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Contrariando a imagem popularizada por filmes e espetáculos, a hipnoterapia clínica é uma ferramenta séria, validada por pesquisas e reconhecida por conselhos de saúde em diversos países. Ela atua diretamente na origem de sintomas, promovendo alívio e transformação de forma profunda. Saiba um pouco mais sobre ela no vídeo abaixo, disponível no Canal Saúde:
A hipnoterapia é, em essência, uma abordagem terapêutica que utiliza a hipnose para aceder a memórias, emoções e padrões que residem no inconsciente.
Brunna Dolgosky, psicóloga e hipnoterapeuta, explica ao portal Terra que "a hipnoterapia é uma abordagem terapêutica que utiliza a hipnose como ferramenta para acessar memórias, emoções e padrões inconscientes".
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Durante o transe hipnótico, que é um estado natural de atenção focada e relaxamento profundo, a mente consciente relaxa, permitindo que o inconsciente se manifeste com maior clareza.
Assim, torna-se possível ressignificar traumas, romper ciclos repetitivos, tratar sintomas físicos com origem emocional e fortalecer recursos internos.
O que é a 'kama muta', essa emoção que todo mundo sente pelo menos uma vez na vida.
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Um dos maiores equívocos sobre a hipnose é a ideia de que a pessoa perde o controlo da sua própria mente. No entanto, isto é um mito. Segundo a especialista, "o paciente permanece consciente o tempo todo, mas muito mais sensível, e com o entendimento muito mais profundo das coisas com as quais está lidando".
Durante a hipnose, a pessoa está mais consciente de si mesma, não menos. "Ela jamais fará algo contra sua vontade ou valores. O controle permanece com o paciente e o hipnoterapeuta apenas conduz o processo de forma respeitosa e segura".
Portanto, a técnica é considerada segura e eficaz quando conduzida por profissionais qualificados.
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Absolutamente não. Embora a hipnose seja por vezes associada a espetáculos de palco e entretenimento, a hipnose clínica é um universo completamente diferente.
Enquanto a hipnose de entretenimento é superficial e visa provocar reações rápidas, a hipnose clínica tem um objetivo terapêutico, emocional e pode atuar até em sintomas psicossomáticos. É, na verdade, uma ferramenta poderosa de autoconhecimento, cura e transformação.
Além da hipnoterapia, conheça esse outro formato terapêutico que pode ser ideal para sua rotina e sua saúde mental.
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Sim, esta é uma verdade. A hipnose é um estado natural da mente. É comparável a momentos de profunda concentração, como quando estamos a assistir a um filme e nos emocionamos com a história, mesmo sabendo que é ficção.
Algumas pessoas podem entrar neste estado mais facilmente, outras podem precisar de mais prática ou exercícios de relaxamento. No entanto, todos são capazes de alcançar o transe hipnótico, desde que o desejem e se entreguem ao processo.
Não, este é outro mito comum. Embora o corpo possa ficar profundamente relaxado, a mente permanece ativa e consciente durante a hipnose. A pessoa ouve tudo e consegue lembrar-se completamente da sessão do início ao fim, pois precisará responder a tudo o que for perguntado durante a sessão.
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A hipnose é um estado entre a vigília e o sono, mas definitivamente não é dormir. Se o paciente adormecer, não está em estado hipnótico.
Sim, a hipnoterapia é considerada "extremamente eficaz para lidar com ansiedade, depressão, fobias, traumas, compulsões, insegurança, crenças financeiras, psicossomáticas e muitas outras questões emocionais". Ela atua diretamente na origem do sintoma, promovendo alívio e transformação de forma profunda.
Esta é uma verdade parcial. Embora a colaboração do paciente seja essencial, como em qualquer terapia, a pessoa não precisa "acreditar cegamente" para que a hipnoterapia funcione.
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Muitos pacientes chegam ao consultório céticos, por não conhecerem a ferramenta ou por não terem obtido resultados com outras abordagens, mas ao se abrirem e se entregarem ao processo, conseguem corroborar a transformação.
O que mais importa é o envolvimento e a entrega no momento da sessão.
É um mito. Não há registo de qualquer caso em que alguém tenha "ficado preso" em hipnose. O transe é um estado temporário e natural, e a qualquer momento a pessoa pode abrir os olhos e sair dele espontaneamente.
Inclusive, se o paciente sentir dificuldade em lidar com algo que está a ser trabalhado, pode simplesmente pedir para que a sessão seja encerrada e continuar noutro momento.
Não, esta é uma verdade importante. A hipnoterapia é uma abordagem complementar. Ela pode, sim, potencializar tratamentos médicos e psicológicos, mas nunca deve substituir o acompanhamento médico quando necessário.
Profissionais éticos sabem integrar as suas ferramentas com responsabilidade, garantindo que o paciente receba o cuidado mais abrangente e adequado à sua condição.