Água

Água com ou sem gás: qual é melhor para hidratação? Ciência revela

O consumo de água com gás vem crescendo como alternativa à água comum; será que o efeito no organismo é igual?

Agência Diário

Publicado em 14/08/2025 às 18:01

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O ideal é ter sempre uma garrafa de água sempre à mão para manter a hidratação / Crédito: derneuemann/Pixabay
O ideal é ter sempre uma garrafa de água sempre à mão para manter a hidratação / Crédito: derneuemann/Pixabay
A maioria das marcas de água com gás disponíveis no mercado brasileiro são gaseificadas artificialmente / Crédito: ColiN00B/Pixabay
A maioria das marcas de água com gás disponíveis no mercado brasileiro são gaseificadas artificialmente / Crédito: ColiN00B/Pixabay
A escolha vai do paladar, da tolerância digestiva e do hábito / Crédito: Congerdesign/Pixabay
A escolha vai do paladar, da tolerância digestiva e do hábito / Crédito: Congerdesign/Pixabay
A água saborizada pode ser feita com o líquido na versão com ou sem gás / Crédito: Congerdesign/Pixabay
A água saborizada pode ser feita com o líquido na versão com ou sem gás / Crédito: Congerdesign/Pixabay

Afinal, a efervescência muda alguma coisa na hora de se hidratar? / Imagem gerada por IA

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A água gaseificada tem conquistado quem quer se manter hidratado sem recorrer a refrigerantes e outras bebidas com açúcar.

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O sabor leve aliado à sensação das bolhas agrada bastante gente. Mas será que o efeito no organismo é igual ao da água sem gás?

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O que dizem as evidências

Estudos indicam que sim. Mesmo com a presença de gás, sabor e sensação diferentes, ela continua sendo, essencialmente, água.

Uma pesquisa publicada em 2016 no The American Journal of Clinical Nutrition avaliou o impacto de 13 bebidas distintas sobre a hidratação.

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Os pesquisadores observaram a retenção de líquidos e compararam a produção de urina, concluindo que a água com gás hidrata tão bem quanto a natural.

Inclusive, o efeito é comparável ao de alguns chás e refrigerantes, desde que com baixo teor de açúcar ou cafeína. Isso porque ambas são compostas quase totalmente por HO.

A única diferença é o dióxido de carbono, que se transforma em ácido carbônico e causa a efervescência. Esse fator não prejudica a absorção de água pelo corpo.

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Outro ponto importante a se observar é a data de validade. O Diário já falou sobre a importância de se observar a data de validade da água engarrafada, seja ela com ou sem gás.

Como é fabricada a água com gás?

A maioria das marcas de água com gás disponíveis no mercado brasileiro são gaseificadas artificialmente. Esse processo é feito com a adição de dióxido de carbono (CO2) à água. O canal do You Tube Abrolhos Rural fez um vídeo explicando como é esse processo:

Soda x água gaseificada: diferenças

Embora muitas vezes sejam confundidas, não são iguais. “Água com gás” inclui tanto as naturalmente gaseificadas, como certas águas minerais, quanto as que recebem gás artificialmente.

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A soda, por outro lado, é um tipo de água gaseificada com adição de minerais como bicarbonato de sódio ou cloreto de potássio, o que dá um leve gosto salgado. A hidratação é igual, mas o sabor muda.

O ponto-chave é a quantidade ingerida

Grace Derocha, nutricionista e porta-voz da Academia de Nutrição e Dietética dos EUA, afirmou ao Washington Post que a questão central não é o gás, e sim o quanto se bebe.

“Para algumas pessoas, as bolhas tornam a água mais agradável, incentivando maior consumo. E beber mais, com ou sem gás, é o que de fato melhora a hidratação”, disse.

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Pessoas com refluxo, excesso de gases ou tendência a inchaço abdominal podem sentir desconforto ao tomar grandes quantidades da versão gaseificada.

Ainda assim, não há indícios de prejuízo à digestão no geral. Há até estudos que sugerem benefícios para casos leves de prisão de ventre ou digestão lenta.

Acidez: mito ou preocupação?

Um mito comum é que a água gaseificada faz mal aos dentes ou aos ossos. Embora um pouco mais ácida que a natural, sua acidez é bem menor que a de refrigerantes ou sucos cítricos.

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Pesquisadores da Universidade do Alabama avaliaram o pH de várias marcas e encontraram, na maioria, valores acima de 4.

Esse é o limite a partir do qual a erosão do esmalte dentário pode ocorrer. Se o pH estiver acima disso e não houver aromas cítricos, o risco para os dentes é baixo, mesmo com consumo regular.

Quanto à saúde óssea, estudos que ligam refrigerantes à perda de densidade mineral apontam o ácido fosfórico das colas como responsável, e não o gás. A água gaseificada pura não mostrou efeito negativo.

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E para gestantes e crianças?

O consumo é seguro tanto na gravidez quanto na infância, desde que não cause incômodos. Em algumas pessoas, pode gerar saciedade ou mais arrotos, mas não existem riscos conhecidos.

Na prática, para hidratar, tanto a água com gás quanto a sem gás funcionam da mesma forma. A escolha vai do paladar, da tolerância digestiva e do hábito. Para quem quer cortar refrigerantes, é uma boa opção para manter o consumo adequado de líquidos.

Uma outra dica para manter a hidratação é o leite, que tem poder de hidratação maior que a água.

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