05 de Maio de 2024 • 12:54
As aulas começaram faz pouco tempo, porém, um problema recorrente que os pais e professores precisam ficar atentos é com o peso que as crianças carregam em suas mochilas. Isso porque grane parte dos pequenos levam muitas coisas a mais. O que torna a mala bem mais pesada do que é necessário, trazendo problemas de coluna a curto, médio e longo prazo.
“A carga da mochila não deve passar mais de 10% do peso da criança”, afirma o ortopedista Dr. Artur Marques. Ou seja, uma criança com cerca de 25 kg não deve levar mais que 2,5 kg na mala, por exemplo. Outra dica importante que Marques dá é para que os pais fiquem atentos na hora da criança carregar a mochila, pois, ela deve estar apoiada nos dois ombros para dividir o peso.
“Procurar colocar os objetos mais pesados sempre na abertura principal da mochila, próximos as costas da criança, o que evita forçar a coluna para trás. Além disso, fundo da mochila deve estar sempre bem posicionado, não ultrapassar a cintura da criança (8cm acima da bacia) e apoiada na curva da região lombar. A parte superior não deve ultrapassar a altura dos ombros. A largura da mochila não deve ultrapassar a largura do tronco”, completa o especialista.
Muita gente acha que a solução é a mochila de rodinha, mas não é bem assim. Também é necessário levar em conta alguns tipos de cuidados. Ter alça com comprimento adequado para que a criança ande sem fazer torção ou inclinação do tronco é primordial, pois isto pode provocar problemas até piores que as mochilas nas costas. Para crianças menores, as rodinhas devem ser o maior possível, podendo transpor obstáculos sem muita força e facilitando subir escadas. A criança sempre deve estar reta com essa mochila.
Caso a mochila da criança não seja regulada para o seu peso e altura, alguns problemas podem aparecer. Eles vão desde os mais comuns como o desencadeamento de vícios posturais, que ocorrem quando determinado grupo de músculo apresenta encurtamento, até quadros mais avançados de dor, principalmente, na região lombar.
“Para amenizar os sintomas primeiro devemos verificar o peso da mochila, como está sendo carregada, a sua posição no corpo da criança e corrigi-la. Se a dor ou o desconforto persistir, o segundo passo é procurar um ortopedista para verificar se existe algum desvio dos eixos fisiológicos da coluna e assim corrigi-lo, evitando causar danos permanentes no futuro”, completa Dr. Artur Marques.
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