Em 2010, apenas 454 pessoas se chamavam Neymar no Brasil / Reprodução/TV Globo
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A fama de Neymar ultrapassou os gramados e chegou até os cartórios brasileiros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 2.443 pessoas no Brasil receberam o nome “Neymar” até 2022, e mais da metade nasceu entre 2010 e 2019, justamente o período de maior destaque do jogador revelado pelo Santos Futebol Clube.
O levantamento faz parte da plataforma “Nomes no Brasil”, que reúne dados de registros civis em todo o país. A análise revela um fenômeno curioso: a influência direta da cultura esportiva e midiática nas escolhas familiares ao batizar crianças.
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Em 2010, apenas 454 pessoas se chamavam Neymar no Brasil, número que cresceu quase seis vezes em uma década.
O aumento coincide com a ascensão meteórica do atacante, que despontou no Santos em 2009, conquistou títulos, e passou a figurar entre os atletas mais conhecidos do mundo.
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A exposição constante na mídia e o impacto de sua carreira dentro e fora de campo parecem ter transformado seu nome em um símbolo de talento, carisma e sucesso precoce, fatores que inspiraram muitos pais brasileiros.
Segundo os dados, a idade mediana das pessoas chamadas Neymar é de apenas 11 anos, sendo 98% dos nomeados meninos, o que reforça o caráter recente da tendência.
O IBGE aponta que a relação entre personalidades públicas e o aumento no registro de determinados nomes é um comportamento frequente no país, especialmente quando o sucesso do homenageado coincide com períodos de alta visibilidade nacional.
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Famoso não apenas pelo primeiro nome, o sobrenome de Neymar também é considerado um dos mais populares do país.
Antes da consagração do jogador, o nome era praticamente inexistente no país. Até o início dos anos 2000, variações como “Neimar”, com “i”, eram mais comuns e já apareciam em registros isolados.
A versão com “y” passou a se popularizar depois da notoriedade do craque, mostrando como a grafia pode refletir modas culturais e adaptações linguísticas.
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Curiosamente, o estado de São Paulo, onde o craque nasceu e cresceu, não possui o maior número de ‘Neymar’. O estado que vem em primeiro lugar no ranking, com 372 pessoas com este nome, é Minas Gerais, enquanto SP aparece logo atrás, com 340 pessoas.
O fenômeno não é novo no Brasil. O IBGE já havia identificado aumentos semelhantes em períodos marcados por outros ídolos esportivos, como “Romário”, “Ronaldo” e “Rivaldo” durante as décadas de 1990 e 2000.
Esses movimentos mostram que, além da homenagem, a escolha do nome pode expressar admiração, aspiração social e o desejo de associar o filho a qualidades positivas do personagem homenageado.
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Mais de uma década após o início de sua carreira, o nome Neymar segue presente em novas certidões, consolidando-se como um dos poucos nomes próprios diretamente ligados à cultura futebolística contemporânea, e como reflexo de uma geração marcada pela idolatria ao esporte e ao poder da mídia.