A tradição de tomar café sem açúcar pode ser melhor do que muitos imaginam / Engin Akyurt/Pexels
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O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, mas muitos não conhecem os efeitos estimulantes que ele pode trazer para a saúde do cérebro. Segundo um estudo recente publicado no American Journal of Clinical Nutrition, o consumo regular de café com cafeína e sem açúcar pode ser mais benéfico do que parece.
De acordo com a pesquisa, ingerir a bebida sem açúcar pode reduzir o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
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A pesquisa analisou 204.847 pessoas no Reino Unido, com idades entre 40 e 69 anos, ao longo de nove anos. Elas foram categorizadas conforme a quantidade de café consumida diariamente, variando desde aqueles que não ingeriam a bebida até os que tomavam mais de três xícaras por dia.
As análises mostraram que pessoas que consumiam mais de duas a três xícaras diárias de café apresentaram 34% menos probabilidade de desenvolver Alzheimer. Já o risco de desenvolver Parkinson foi reduzido em 37%.
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Além disso, a taxa de mortalidade relacionada a doenças neurodegenerativas foi 47% menor entre consumidores regulares da bebida.
Os benefícios foram notados apenas entre as pessoas que consumiam café com cafeína e sem açúcar ou adoçantes artificiais.
A presença de açúcar no café não só atrapalha o sabor natural do fruto, como também pode neutralizar os efeitos protetores da bebida sobre o cérebro. Isso reforça a importância de consumi-lo puro para obter seus benefícios máximos.
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Ao cortar o açúcar, a cafeína atua como um bloqueador da adenosina, reduzindo a inflamação no cérebro e ajudando a manter as funções cognitivas por mais tempo.
O café ainda contém compostos antioxidantes, como os polifenóis, que ajudam a combater os radicais livres e a reduzir o estresse oxidativo, um dos fatores que contribuem para o envelhecimento cerebral.
O consumo moderado de café também pode estimular a circulação cerebral, garantindo melhor suprimento de oxigênio e nutrientes às células nervosas.
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Além de diminuir sua quantidade de forma gradual, até que o paladar se acostume ao sabor natural do café, é recomendado experimentar diferentes tipos e qualidades da bebida.
Alguns grãos e métodos de preparo resultam em sabores mais suaves e menos amargos — característica perceptível principalmente em cafés especiais.
Já os cafés tradicionais de mercado geralmente contêm muitas impurezas e passam por torras excessivas, o que resulta em uma bebida mais amarga, com gosto semelhante ao de "remédio".
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Também é recomendada a prática de harmonizações com café, criadas com base nas características do grão utilizado.
Um exemplo é o café frutado, que tende a ser mais adocicado e com notas achocolatadas, combinando bem com harmonizações que envolvem leite. Já o Bourbon Amarelo costuma ser mais ácido, com notas cítricas.
Essa acidez, combinada ao leite, pode não ser ideal, mas pode fazer mais sentido ao ser harmonizada com chocolate meio amargo ou outros ingredientes de sabor mais intenso.
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Em muitas cafeterias, é comum o expresso chegar à mesa com um copo de água com gás ao lado. A combinação pode parecer aleatória, mas existe um motivo técnico e sensorial por trás dessa prática.
Mais do que tradição ou frescura, a água com gás prepara o paladar para o café. Isso realça os sabores da bebida e garante uma experiência mais limpa e intensa.
Beber água com gás antes do café ajuda a “zerar” o paladar. Ela remove resíduos e sabores anteriores, como de doces, salgados ou outras bebidas, que poderiam atrapalhar a percepção do expresso.
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A língua tem milhares de papilas gustativas, responsáveis por captar diferentes gostos. Quando elas estão limpas e sensíveis, fica mais fácil perceber nuances como acidez, amargor e retrogosto do café.