Paraíso brasileiro conta com águas cristalinas e as maiores serpentes do mundo

A atenção de cientistas e visitantes tem se voltado para a região de Sucuris de Bonito, no Mato Grosso do Sul, devido ao porte imponente desses animais e à presença constante nos rios locais.

Com uma combinação de águas transparentes e rica biodiversidade, o local é considerado um dos melhores pontos do planeta para observar essas cobras gigantes em estado selvagem.

No entanto, algumas das cobras mais venenosas do mundo ainda vivem em diversas regiões brasileiras.

Inclusive, no último mês de dezembro uma "cobra-espada" foi vista em uma praia do litoral de São Paulo e chocou os banhistas.

Sucuris

Nas últimas três temporadas, três sucuris ganharam destaque na região, embora uma delas já tenha falecido.

Esse tema, por si só, já é suficiente para tornar o destino imperdível para quem deseja conhecer mais sobre a espécie. Entre as avistadas, estão:

Ana Júlia

Considerada a maior sucuri já registrada no município, Ana Júlia media 6,36 metros e pesava cerca de 200 quilos. No entanto, ela foi encontrada morta em 2024, no Rio Formoso.

As causas da morte foram naturais, mas ela deixou um legado importante para pesquisadores e guias locais. Inclusive, chegou a ser estudada por biólogos e monitorada por mergulhadores da região.

Durante sua vida, sua presença reforçou a importância de Bonito como referência para estudos sobre répteis de grande porte na América do Sul.

Mãezona e Queixinho

As sucuris Mãezona e Queixinho são constantemente avistadas nas águas de Bonito e continuam ativas.

Enquanto Mãezona tem cerca de 6 metros de comprimento e é comumente observada por guias turísticos,

Queixinho mede aproximadamente 5 metros e chama a atenção por uma deformação na mandíbula, que inspirou seu nome.

A presença da dupla não apenas contribui para a biodiversidade local, mas também se tornou parte da experiência turística da região. Sua popularidade ainda ajuda a sensibilizar o público para a necessidade de preservar seus habitats.

Ciclos

As sucuris citadas apresentam características típicas da espécie, mas há um comportamento reprodutivo particularmente curioso.

Na primavera, durante o período fértil, as fêmeas liberam substâncias químicas que atraem vários machos, formando grupos conhecidos como "bolos reprodutivos". Em algumas situações, a fêmea pode se alimentar de um dos pretendentes.

Essas serpentes estão entre as mais pesadas do mundo, podendo ultrapassar os 100 quilos e atingir até 7 metros de comprimento.

Elas se alimentam de uma variedade de animais, como aves, mamíferos, répteis e até outras cobras, o que demonstra sua força e importância ecológica.