Além de novelas como Escrava Isaura e Esperança, a fazenda também atrai cineastas / Divulgação/Fazenda Santa Gertrudes
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A Fazenda Santa Gertrudes, situada no município de mesmo nome no interior de São Paulo, tornou-se um dos cenários mais icônicos das novelas brasileiras. Com arquitetura preservada e clima de época, o local serviu de locação para inúmeras produções da teledramaturgia nacional, principalmente aquelas ambientadas no século XIX.
Entre as mais conhecidas estão A Escrava Isaura – tanto a versão original de 1976 quanto o remake de 2004 –, Esperança (2002) e Escrava Mãe (2016).
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A fazenda também aparece em O Casarão, Dona Beija, O Coronel & O Lobisomem, Um Só Coração, Sinhá Moça, Beleza Pura, Saramandaia e no longa-metragem O Prisioneiro da Liberdade, entre outros títulos.
Com sua ambientação original e vasta estrutura, o espaço tornou-se referência para novelas de época e filmes históricos.
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Além das novelas, o espaço também atrai cineastas. Produções como Diário da Província e O Homem do Pau Brasil também exploraram o charme da fazenda para retratar diferentes períodos da história brasileira.
A origem da Fazenda Santa Gertrudes remonta a 1854, quando foi fundada pelo Barão de São João de Rio Claro em uma gleba adquirida por seu pai, o Brigadeiro Manuel Rodrigues Jordão. O nome da propriedade foi uma homenagem à mãe do Barão, Dona Gertrudes Galvão de Moura Lacerda.
Anos depois, a propriedade passou pelas mãos do Marquês de Três Rios e, mais tarde, foi herdada por D. Antônia dos Santos Silva Prates e seu marido, o Conde de Prates. Foi sob a gestão do Conde que a fazenda alcançou seu auge.
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Entre 1890 e 1910, o local recebeu uma das mais modernas estruturas de produção cafeeira da época, com equipamentos, barragens, usinas a vapor e até moeda própria, dando origem à cidade de Santa Gertrudes.
Projetada por um arquiteto francês, a propriedade ocupa mais de 22 mil metros quadrados e conserva sua estrutura até hoje.
Nas primeiras décadas do século XX, era considerada uma fazenda-modelo, recebendo visitas de figuras ilustres da elite paulista, que chegavam de trem e eram recepcionadas com carruagens impecáveis.
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Atualmente, a Fazenda Santa Gertrudes está aberta à visitação mediante agendamento. Os visitantes percorrem um trajeto que recria os tempos áureos do café, passando por espaços históricos como a tulha, as cocheiras e a estação de trem, além de conhecerem o processo completo de produção cafeeira do século XIX.
Com duração aproximada de duas horas, o passeio oferece uma verdadeira imersão histórica.
Os grupos precisam ter número mínimo de participantes, com opções de café da manhã, almoço e lanche da tarde, dependendo da modalidade escolhida.
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A combinação entre beleza arquitetônica, valor histórico e importância cultural faz da Fazenda Santa Gertrudes um patrimônio do interior paulista – tanto na vida real quanto na ficção televisiva.