Pablo Marçal afirma estar esperando 'a hora certa para agir'

O empresário e influenciador digital Pablo Marçal participou da estreia do programa No Alvo, do SBT.

Durante 45 minutos, ele respondeu a perguntas sobre vida política e nova candidatura, além de falar sobre o processo de inelegibilidade.

O 'No Alvo' vai ao ar toda segunda-feira, às 23h15. O programa estreou com audiência de 4 pontos de média, 10% de share e 4,7 pontos de pico, garantindo a vice-liderança na Grande São Paulo.

Confira abaixo a transcrição dos melhores momentos do primeiro episódio de “No Alvo”, com Pablo Marçal: 

Você fala tanto em liderar o Brasil, mas como pretende fazer isso sem poder mais ser candidato ou já está treinando para comandar os bastidores mesmo sendo inelegível?

PM: Decisão temporária de primeira instância, acredito que todas essas situações vão ser revertidas, nos dois primeiros processos não tem prova cabal. Eu, enquanto jurista, realmente estou em paz em relação a isso, a não ser que apareça algum movimento para tentar me parar, mesmo de forma supralegal, mas eu não acredito nessa inelegibilidade não, ela vai ser reformada.

O Pablo de 10 anos de idade sonhava em ser um milionário polêmico ou só queria ser aceito?

PM:O Pablo de 10 anos de idade queria ser próspero, tinha certeza que ia ser, mas achou que ia ser milionário com 60 anos. Depois de ler o livro ‘Pai Rico, Pai Pobre’, aos 18, ele viu uma reportagem da Veja, recalculou e imaginou que poderia chegar a 1 milhão com 47 anos. Ele acabou atingindo esse milhão com 27. Só que nunca foi do meu coração ser polêmico, é o perfil mental do povo que coloca energia em gente que faz polêmica.

Como você lida com sua própria vaidade? E não vale bancar o humilde, você sabe que vive no modo ostentação?

PM: Na verdade, eu não vivo no modo ostentador, eu quero mostrar para o brasileiro que tem como ele prosperar. Tem o ‘tentador’, que tenta fazer, e o ‘fazedor’. Eu estou no modo ‘fazedor’, entre aspas. Às vezes é escassez de quem está assistindo que incomoda, mas na intenção do meu coração eu quero que todo mundo prospere, eu acredito que a nação brasileira é a que vai se tornar a mais próspera da Terra. Aqui é proibido prosperar, proibido ter as coisas, um país que foi ‘comunizado’, um país que censura a riqueza, então, diz mais a respeito aos críticos do que meu comportamento e minha intenção.

Seus seguidores comentam sobre mudanças no seu visual. Rolou bisturi, harmonização ou só um filtro de autoestima?

PM:Na verdade, eu acho que o ano que eu virei Ironman, que foi em 2023, eu fiquei bem diferente, eu emagreci bastante, corri muito, corria todos os dias 5 km durante o ano de 2023. Eu estou em minha melhor forma, na minha melhor fase. Não tem bisturi e a melhor harmonização é parar de ser um ‘comedor de açúcar’, quando eu parei de comer açúcar em 2023, parei de beber refrigerante em 2015 e comecei a fazer atividade física de forma regular, a verdadeira harmonização facial veio. Agora, eu já fiquei calvo e fiz dois transplantes capilares, coloquei facetas nos dentes. Acho que com a prosperidade você vai ‘despiorando’. Eu acredito que eu sou uma pessoa ‘despiorada’.

Você afirmou que nenhum hater está acima de seu nível. Nenhuma crítica jamais te abalou?

PM:Claro que já. Já fiquei de cama, doente, em 2012, e depois disso eu comecei a entender que o hater é alguém apaixonado que não tem acesso a você. Geralmente, alguém que fica pegando no seu pé é porque não tem proximidade para pegar na sua mão, então, eu aprendi bastante a lidar com isso. Depois que eu entendi os algoritmos e a PNL, como o cérebro funciona, eu faço de tudo para ter pessoas nessa condição. A teoria que criei chama “vulcão”, de um lado as pessoas que te amam, de outro, pessoas que te odeiam, e você explode no meio como um vulcão. Faz parte.

Você vive dizendo que é preciso destravar o pai? Isso é sobre você e seu pai?

PM:Cerca de 80% dos bloqueios emocionais no país estão ligados aos traumas de paternidade. Se você tiver falando disso, acho que a maioria das pessoas não prosperam nesse país por conta dos bloqueios de paternidade. Eu já resolvi com meu pai quando tinha 16 anos de idade e foi uma das melhores coisas que aconteceu. Recomendo que todo mundo faça isso!

Quanto da bíblia você aplica de verdade em seus negócios? Ou ela é só um bom argumento de venda?

PM:A bíblia, para mim, é o maior livro de todos. É um livro de sabedoria multimilenar, tudo que eu aprendo, tudo o que eu ouço, eu filtro com base na bíblia. Como eu sou um amante da palavra e desde meus nove anos de idade, quando eu converti, eu uso ela, não como algo para me ajudar, mas eu mergulhei nela e fui transformado por todo o ensino que tem nela.

O que passou pela sua cabeça em seus dias de cadeia em 2005?

PM:Injustiça, porque eu era um garoto de 18 anos, eu estava trabalhando, consertando computador para uma pessoa, inclusive, essa pessoa veio há pouco pedir desculpa, porque ali era uma relação de trabalho, acabei sendo processado e graças a deus, essa condenação não existe, ela foi prescrita. Essa dor da injustiça é muito pesada. Eu era um garoto pobre que não tinha condição nem de pagar uma defesa técnica para mim, tinha advogado do Estado e acabei me dando mal naquilo ali. Mas não tem condenação mais. Graças a Deus.

Sua condenação no caso da ‘quadrilha de piratas da internet, serviu de aprendizado ou motivação?

PM:Serviu de aprendizado para tomar cuidado com as pessoas que você se envolve, para ter mais malícia, e foi determinante para todos os negócios que eu fui fazer depois da minha vida. É para tomar muito cuidado, porque tem pessoas que elas determinam seu destino se você não tiver um pouco de malícia em relação a elas.

Você afirma ter impactado mais de 1,5 milhão de pessoas com suas mentorias. Consegue diferenciar quem busca autoconhecimento e quem só quer um milagre financeiro?

PM:Esse número está errado, só de aluno, eu tenho mais de 2 milhões de alunos espalhados pelo planeta. De pessoas que me acompanham, são 50 milhões nas redes, todos os meses. Agora, como eu vou diferenciar o que a pessoa está buscando? Imagina! São milhões de pessoas. Como é que eu vou saber o que cada um está caçando?

Pablo, diga para mim, qual seu comportamento político?

PM:Meu comportamento político é de calmaria agora, porque o Brasil está passando por momento de fragilidade, o Brasil está quebrando, estamos pior que 2013, quando a gente tirou a Dilma Rousseff indo para ruas, as contas públicas não estão fechando, Bolsonaro está sendo perseguido, Lula, mesmo com 80 anos de idade, praticamente, ele está tentando de todas as formas minar seus concorrentes, então, eu estou na minha, para não fazer muito alarde. Meu comportamento é esperar a hora certa para agir.

Você se considera uma alternativa real ao bolsonarismo ou só quer estar no lugar certo e na hora certa?

PM: Eu tenho um chamado, um chamado que eu sinto ao meu coração para elevar essa nação como a nação mais próspera da Terra. Até 2050 coisas poderosas vão acontecer aqui, e eu acredito de todo meu coração, e eu sou um servo deste povo. Independente do que acontecer, eu tenho paciência, eu quero servir o povo, mesmo os haters, mesmo as pessoas que fazem de tudo para esse país dar errado, eu vou servir as pessoas de um jeito ou de outro.

Você realmente acredita que pode transformar vidas a ponto de fazer um cadeirante levantar-se ou até um morto voltar a vida?

PM:O sonho da minha vida é orar para um morto e ele levantar, e eu explico por quê. Eu sou cristão e um dia eu li um livro de um cara chamado Smith Wigglesworth; Deus o usou muito para ressuscitar algumas pessoas e eu pedi para Deus: “Deus, eu quero. Eu quero ter essa experiência aqui nesta vida de ver pessoas levantando, de ver sinais e prodígios que a bíblia fala: “aqueles que amam a Deus e são seguidores de Jesus, eles fariam obras maiores e esses sinais de prodígios os acompanhariam”. Então, como cristão, eu não vou negar nunca orar para alguém que quer algum tipo de oração. Eu creio que Deus que faz tudo, então, a responsabilidade não é minha, nem se dar certo e nem se dar errado.

Os bombeiros disseram que você colocou vidas em risco na fatídica expedição ao Pico dos Marins. Foi irresponsabilidade ou encenação calculada para parecer o herói?

PM:Nenhuma das duas. Eu subi cinco horas depois que o grupo subiu. É interessante que tem gente que faz coisas por like e coisas para ganhar um segundo de fama. As pessoas quando fizeram o apoio para voltar com as vítimas não deu em nada, quando descobriram que era eu que estava lá, vieram para cima de mim, tentando fazer jornalismo barato e fizeram a mentirada absurda. Se fosse qualquer outra pessoa nada teria acontecido, mas como era eu, tem uma pitada de maldade desse povo de vir para cima de mim, coisas absurdas, fizeram em relação a essa história, tudo sem fundamento.

Viagens, helicópteros, me diga, quanto custa bancar o estilo de vida de Pablo Marçal todos os meses

PM:Acho que para bancar meu estilo de vida deve custar 1% do que eu tenho de aplicação, é um fato considerável, não é nada demais.

A sua família, Pablo, é felicidade? 

PM:Minha família é o maior projeto que eu tenho. Minha família é a base de tudo. Minha família representa a trindade aqui na Terra, assim como todas as outras famílias da Terra representam essa força da trindade, do Pai, do Filho e do Espírito Santo aqui na Terra. 

Casamento é solução ou, para você, casamento é problema?

PM:Casamento é investimento. Quanto mais eu invisto, mais eu tenho dividendos do casamento. Então, não é um lugar para você ser feliz, porque a felicidade está na identidade. É um lugar para você investir na pessoa, para você colher desse investimento. 

O que a sua esposa significa na sua vida? 

PM:Minha esposa é uma unidade comigo. Na matemática, um vezes um é igual a um. Eu sou um com ela. Quem, às vezes, tem um casamento destruído, usa a matemática. Às vezes, a pessoa é um, multiplica com 0,5, fica 0,5. E, às vezes, as pessoas estão pela metade. Nesse caso, 0,5 vezes 0,5 dá 0,25. Ou seja, a multiplicação dos dois fica pior do que se estivesse sozinho. Então, eu e a Carol - te amo, Carol. Beijo no seu coração -, a gente é um vezes um. E eu estou pronto para morrer por ela, para viver por ela. E para cuidar dos nossos quatro filhos e restaurar muitas outras famílias neste país. 

O episódio da cadeirada com o direito a resgate de ambulância foi caso de internação ou um simples esbarrão? 

PM: Eu até aproveito a oportunidade para pedir perdão para o Datena, porque eu percebi no debate que ele era o mais fraco emocionalmente e eu meio que instiguei ele para ele acabar fazendo uma besteira. Eu achei que ele ia vir com um tapa ou com um murro, mas ele acabou vindo com aquela cadeirada. Como ele é um pouco mais lento que eu, ele desferiu o golpe daquela cadeira para pegar na minha cabeça, eu consegui desviar na cabeça, pegou numa mão, e aí ele pega a segunda e arremessa, e a segunda pega na C6, se eu não estiver enganado, e trincou a minha costela. Eu iria continuar no debate, e tranquilo para mim. A respiração estava curta, tipo uns 30% do normal. Respirava fundo, e aquilo cortava. E aí meus assessores falaram, ‘cara, vamos para o hospital’. Eu falei: ‘não precisa’. Eu lembrei de uma pessoa que eu vi numa notícia que tomou uma pancada no peito e acabou morrendo por perfuração no pulmão. Eu falei: ‘vamos para lá porque depois isso aqui pode dar uma complicação’. Eu ia de carro. ‘Não, vamos de ambulância, vamos de ambulância’. Sem necessidade, já que eu sou Ultraman, dava conta de ir correndo para o hospital. Achei que não tinha necessidade. Mas a ambulância estava disponível. Acho que isso aumenta a chance de diminuir qualquer tipo de problema. Acho que não teve nada demais no episódio. Espero que o Datena me perdoe por ter abalado ele emocionalmente naquele dia.

Durante a eleição você foi acusado de espalhar fake news. Seja honesto, vale tudo pra vencer?

PM: Eu acho que em momento algum eu tive consciência, nas minhas redes sociais, não sou eu mesmo que posto. Então algumas vezes eu vi informações que não eram checadas, eu mesmo pedi pra derrubar. Quando eu checava, né? Então realmente o time fica emocionado na eleição, eu não. Eu não acho que vale tudo para vencer uma eleição. Na minha parte isso jamais é validado pela minha pessoa. E todas as vezes que eu peguei uma coisa, uma informação comprometedora, eu mesmo fiz questão de mandar apagar.

Pablo, me responda com muita sinceridade. O que você faz na prática para um mundo melhor?

PM:O que eu faço na prática pra fazer o mundo melhor? Mudar a mentalidade das pessoas. Animar as pessoas. Fazer com que elas descubram quem elas são, o propósito delas. Eu tenho um alvo no meu coração, com tudo que eu estou construindo, de ativar a identidade de um bilhão de pessoas. A oitava parte da Terra ser ativada na identidade. Eu acredito muito na volta de Jesus, eu acredito muito que essa é a última geração, não vai ter outra. Isso quebra o meu coração todos os dias. Eu imagino que eu tenho contribuído muito para restaurar famílias, restaurar casamentos, pessoas liberarem perdão na vida dos outros, pessoas se levantarem depois das dívidas. Muita gente prosperou depois de me ouvir, muita gente recuperou a família depois de me ouvir. Eu tenho contribuído bastante. Contribuí razoavelmente lá no Rio Grande do Sul. Continuo contribuindo na África, lá em Angola e em outros países, que cada plataforma nossa, em outras nações, adota uma nação africana. Então, nós estamos em diversas nações da África, ajudando. E isso é uma alegria do meu coração, muito grande.

Se a última página do livro da sua vida fosse escrita agora, exatamente neste exato momento, que frase estaria nela?

PM:‘Combateu o bom combate, percorreu a carreira e guardou a fé. Pablo foi servo, mal interpretado, injustiçado, foi polêmico, foi estrategista, mas levou milhões de pessoas a conhecer a Cristo, ajudou milhões de pessoas ao redor do mundo e levantou os reinantes nessa geração às pessoas que amam a Deus. Restaurou milhões de famílias, prosperou um povo. No dia que ele serviu a nação, o povo brasileiro nunca mais foi o mesmo. E essa nação se levantou e reconhecidamente se tornou a nação mais próspera da Terra’. Vai ser isso que vai estar escrito lá.