Os estudos mais recentes apontam para um único fator determinante na cor dos ovos / Pexels/Karola G
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A velha discussão sobre qual ovo é “melhor” – o branco ou o marrom – volta a circular sempre que alguém chega à prateleira do supermercado. Para muitos consumidores, a cor da casca parece indicar mais sabor, mais qualidade ou até um modo de criação mais natural.
Mas, à medida que pesquisas avançam, a resposta se mostra surpreendentemente simples: a cor do ovo conta muito menos do que imaginamos.
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Os estudos mais recentes apontam para um único fator determinante. A diferença entre ovos brancos e marrons não está na cozinha, no frescor ou no valor nutricional, e sim na própria galinha.
Características como cor da plumagem e tonalidade dos lóbulos das orelhas definem a pigmentação da casca, mas não alteram o que há dentro do ovo. É uma questão puramente genética, sem impacto direto na saúde ou na qualidade dos alimentos.
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Especialistas confirmam que galinhas de penas brancas e lóbulos claros põem ovos brancos, enquanto aves de plumagem avermelhada e lóbulos escuros produzem ovos marrons. Essa herança genética não muda o sabor, o frescor ou a segurança alimentar.
Pesquisadoras citadas na Universidade de Wageningen reforçam que a composição interna é idêntica. A nutricionista Vicki Koenig resume a ideia destacando que a casca colorida não torna um ovo mais saudável ou menos saudável: ambos são iguais por dentro.
Seja qual for a cor, um ovo médio entrega cerca de seis gramas de proteína completa e uma combinação relevante de vitaminas A, D, E e B12, além de ácidos graxos insaturados e colina – nutriente importante para memória, humor e metabolismo lipídico, segundo os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).
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O sabor também não é influenciado pela cor. A percepção gustativa varia conforme frescor, tempo de cozimento e modo de preparo.
Já as condições de criação não alteram drasticamente a composição básica, embora a dieta da galinha possa gerar pequenas diferenças quando enriquecida com ômega-3 ou vitamina D.
Um estudo publicado na revista Molecules comparou ovos orgânicos e convencionais e observou nuances: nos orgânicos, houve leve vantagem em micronutrientes relacionados ao desenvolvimento infantil; nos convencionais, a presença de compostos que auxiliam na regulação do colesterol foi maior. Ainda assim, ambos mantiveram alta densidade nutricional.
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A diferença de preço tem explicação prática. Galinhas que produzem ovos marrons costumam ser maiores, consomem mais ração e ocupam mais espaço. Isso eleva o custo de produção e, consequentemente, o valor pago no mercado.
Além disso, galinhas brancas, por serem menores, produzem menos esterco e demandam menos alimento, o que torna a produção de ovos brancos ligeiramente mais sustentável em larga escala.
Para fazer boas escolhas, o consumidor deve observar critérios que realmente influenciam qualidade e segurança:
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Na rotina, frescor e armazenamento adequado fazem muito mais diferença que a cor da casca. Guardar os ovos na geladeira, evitar oscilações de temperatura e ajustar o modo de preparo conforme o prato desejado são ações que impactam diretamente no sabor e na textura.
No fim das contas, ovos brancos e marrons são apenas expressões diferentes do mesmo alimento nutritivo – e a escolha pode ser baseada no que realmente importa: qualidade, procedência e cuidado com o que vai à mesa.