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O segredo da força mental de quem cresceu nos anos 60 e 70 que a ciência explica

Estudos revelam que o estilo de vida de décadas passadas forjou habilidades psicológicas que estão desaparecendo, mas que ainda podem ser treinadas

Luna Almeida

Publicado em 26/12/2025 às 21:45

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Confira as sete qualidades mentais típicas dessas gerações / Freepik/gpointstudio

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Quem convive com pessoas que cresceram nas décadas de 1960 e 1970 sejam pais, tios ou aquele vizinho veterano costuma notar uma característica em comum: uma resiliência silenciosa. Não é uma força agressiva, mas uma capacidade tranquila de lidar com o tédio, a decepção e as pressões do cotidiano sem perder o eixo.

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Embora cada geração tenha seus méritos e falhas, a psicologia aponta que o ambiente daquela época, com mais tempo livre e menos distrações tecnológicas, forjou habilidades de enfrentamento que são cada vez mais escassas hoje. Confira as sete qualidades mentais típicas dessas gerações:

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As 7 qualidades mentais de nasceu nos anos 60 e 70

1. Alta tolerância à frustração

Antigamente, o atrito fazia parte da rotina. Se algo quebrava, tentava-se consertar; se o tédio batia, era preciso usar a criatividade. 

Não havia o "alívio instantâneo" de um clique. Isso desenvolveu o que a psicologia chama de tolerância ao sofrimento: a capacidade de suportar o desconforto sem a necessidade desesperada de fugir dele.

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2. Independência sem necessidade de aplausos

Naquela época, a autonomia era a regra, não a exceção. As pessoas resolviam seus problemas e viviam suas conquistas sem uma plateia digital. Hoje, a busca por validação constante (curtidas e comentários) tornou a estabilidade interior dependente do feedback externo. 

Já as gerações passadas agem com base em valores próprios, e não em busca de reconhecimento.

3. Uma relação prática com as emoções

Embora muitos tenham sido ensinados a "engolir o choro", o que pode ser prejudicial, essa criação também gerou a habilidade de funcionar apesar das emoções.

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É a capacidade de sentir ansiedade ou tristeza e, ainda assim, cumprir com as obrigações e estar presente para a família. É a regulação emocional na prática: sentir a onda, mas escolher a resposta em vez de reagir por impulso.

4. Confiança social construída no "mundo real"

Sem redes sociais para mediar conflitos, as interações eram presenciais. Isso desenvolveu a autoeficácia social: a crença de que você é capaz de lidar com conversas difíceis, ler expressões faciais e entender tons de voz. 

Quem praticou o convívio direto não teme o "atrito humano" natural das relações.

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5. A mentalidade de "dar um jeito"

A capacidade de improvisar e reaproveitar é uma marca registrada dessas gerações. Psicologicamente, isso se chama enfrentamento focado no problema. 

Em vez de remoer pensamentos negativos, a pergunta é prática: "O que posso fazer com o que tenho agora?". Isso constrói competência e, consequentemente, autoconfiança.

6. Paciência para resultados de longo prazo

Antes da gratificação instantânea, o progresso era linear e lento. As notícias tinham hora certa e as cartas demoravam dias. 

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Esse "treinamento" forjou pessoas que persistem em projetos, negócios e relacionamentos sem desistir na primeira semana por falta de resultados imediatos.

7. Identidade baseada em substância, não em performance

Muitos criados nos anos 60 e 70 não foram moldados por algoritmos ou pela necessidade de criar uma "marca pessoal". 

O senso de identidade deles deriva do que fazem e de como vivem, e não de como parecem para os outros. Uma identidade estável é um escudo contra comparações sociais e modismos passageiros.

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Como treinar essas habilidades hoje

Você não precisa voltar no tempo para fortalecer sua mente. Tente aplicar estes hábitos na próxima semana:

Aceite o tédio: Fique 10 minutos por dia sem celular.

Escolha o difícil: Faça uma ligação burocrática ou uma conversa séria em vez de enviar mensagem.

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Conserte algo: Tente resolver um pequeno problema doméstico antes de descartar o objeto.

Responda, não reaja: Quando se sentir provocado, respire e escolha sua ação com calma.

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