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O que significa os sons do seu animal? Nova IA promete decifrar

Novas ferramentas estão ajudando a compreender as expressões emocionais dos animais

Nathalia Alves

Publicado em 17/10/2025 às 17:38

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O que significa os sons do seu animal? Nova IA promete decifrar / Reprodução/Pexels

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Todos os tutores de animais domésticos, em algum momento, já se perguntaram: “O que meu animal está sentindo?”Essa dúvida surge especialmente quando tentamos descobrir se há algo de errado ou se o bichinho está feliz.

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No geral, os animais utilizam comportamentos bastante familiares para se comunicar, como um chiado ou um latido, sons que acionam imediatamente o alerta instintivo no corpo humano. Ainda assim, na maior parte do tempo, não fazemos ideia do que se passa na cabeça deles.

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Um pesquisador de Milão desenvolveu um modelo de inteligência artificial (IA) que, segundo ele, é capaz de identificar se os sons emitidos por animais expressam emoções positivas ou negativas. Publicado na revista científica Scientific Reports, o modelo reconhece tons emocionais em sete espécies de mamíferos com cascos, incluindo porcos, cabras e vacas.

A tecnologia analisa características comuns dos sons emitidos, como tom, faixa de frequência e qualidade tonal. De acordo com o estudo, ruídos associados a sentimentos negativos costumam ter frequências médias a altas, enquanto os positivos se distribuem de forma mais uniforme pelo espectro. Nos porcos, por exemplo, sons mais agudos mostraram-se especialmente informativos, muitas vezes usados para chamar atenção.

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Para os cientistas, essa identificação de traços emocionais compartilhados entre espécies representa um dos avanços mais recentes em um campo que vem sendo transformado pela inteligência artificial.

Pesquisadores desenvolvem tecnologia capaz de identificar emoções positivas e negativas em sons de diferentes espécies/Pexels
Pesquisadores desenvolvem tecnologia capaz de identificar emoções positivas e negativas em sons de diferentes espécies/Pexels
Modelo de inteligência artificial reconhece tons emocionais em porcos, vacas e cabras, com base em frequência e tonalidade dos sons/Pexels
Modelo de inteligência artificial reconhece tons emocionais em porcos, vacas e cabras, com base em frequência e tonalidade dos sons/Pexels
Estudos apontam que mudanças sutis nos latidos e expressões faciais dos cães revelam medo, alegria e até excitação/Pexels
Estudos apontam que mudanças sutis nos latidos e expressões faciais dos cães revelam medo, alegria e até excitação/Pexels
Nova tecnologia desenvolvida na Irlanda promete detectar convulsões em tutores por meio de sinais comportamentais dos cães/Pexels
Nova tecnologia desenvolvida na Irlanda promete detectar convulsões em tutores por meio de sinais comportamentais dos cães/Pexels
IA promete ajudar os cientistas a compreender melhor como os animais se comunicam e expressam/Pexels
IA promete ajudar os cientistas a compreender melhor como os animais se comunicam e expressam/Pexels
Embora essas tecnologias representem avanços reais para o bem-estar e a segurança dos animais, especialistas alertam que elas ainda simplificam comportamentos complexos/Pexels
Embora essas tecnologias representem avanços reais para o bem-estar e a segurança dos animais, especialistas alertam que elas ainda simplificam comportamentos complexos/Pexels

Latidos e IA

O objetivo de ferramentas como esse modelo não é “traduzir” o que os animais dizem em linguagem humana, mas sim detectar padrões comportamentais e acústicos que geralmente passam despercebidos.

Outro estudo relacionou expressões faciais, vocalizações e comportamentos de cães, como o ato de abanar o rabo, a diferentes estados emocionais. Segundo os pesquisadores, mudanças sutis nos músculos faciais dos cães podem indicar medo ou excitação.

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Além disso, descobriu-se que a direção do abanar da cauda varia conforme o cão encontra um amigo ou percebe uma ameaça.

Coleira de detecção

Pesquisadores de uma universidade em Dublin estão desenvolvendo uma coleira inteligente para cães de assistência, capaz de reconhecer sinais de que o tutor pode estar prestes a ter uma convulsão.

O acessório utiliza sensores que identificam comportamentos específicos do animal, como giros ou movimentos repetitivos. Assim que o cão executa o comando aprendido, o dispositivo envia um alerta automático, avisando sobre o possível episódio.

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Cautela e responsabilidade

Embora essas tecnologias representem avanços reais para o bem-estar e a segurança dos animais, especialistas alertam que elas ainda simplificam comportamentos complexos.

Segundo o próprio autor do estudo, reconhecer padrões não significa compreender emoções. Por isso, é essencial que o desenvolvimento de tecnologias voltadas aos animais priorize o bem-estar deles, e não apenas a curiosidade humana. 

Quer saber mais? Confira 10 comportamentos do seu cão já explicados

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