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O exercício que 'limpa' a mente e combate a ansiedade sem precisar de remédios

Especialista defende que o treino atua como 'remédio natural' para o equilíbrio emocional

Luna Almeida

Publicado em 29/12/2025 às 01:14

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O impacto positivo do movimento no cérebro não é apenas subjetivo, mas fisiológico / Freepik

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Em um país que detém o título de mais ansioso do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a busca por alívio mental tem levado muitos brasileiros a trocarem o divã — ou a somarem a ele — o ambiente das academias. 

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Em Santos, o personal trainer Rafael Florêncio tem transformado a rotina de seus alunos ao propor uma abordagem onde o treino tradicional dá lugar ao suporte emocional. 

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"A atividade física é uma das ferramentas mais poderosas que temos para acalmar a mente e conduzir o indivíduo ao aqui e agora", afirma o profissional, que atua há mais de uma década na área.

Rafael relata que a adaptação dos exercícios ao estado emocional do aluno é a chave para o sucesso do método.

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Quando um aluno chega "carregando um piano nas costas", exausto ou agitado, o treino é ajustado em tempo real. 

Atividades aeróbicas de baixa intensidade são priorizadas para oxigenar o cérebro e reduzir a carga de estresse, permitindo que o corpo sinalize à mente que é hora de relaxar.

A ciência por trás do bem-estar

O impacto positivo do movimento no cérebro não é apenas subjetivo, mas fisiológico. De acordo com Florêncio, o exercício atua em três pilares fundamentais:

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Neurotransmissores: Liberação de endorfina, serotonina e dopamina, que promovem prazer e resiliência.

Qualidade do sono: O cansaço físico saudável regula o ciclo circadiano, essencial para mentes ansiosas.

Autoestima: A sensação de controle sobre o próprio corpo gera confiança para lidar com problemas externos.

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O profissional, que se atualiza trimestralmente com publicações científicas como o Journal of Multiprofessional Health Research, reforça que o exercício deve ser visto como uma "corda" para quem está no fundo do poço. 

Ele cita casos de transformação real, como uma adolescente com depressão que reencontrou o convívio social através do esporte e uma advogada que utiliza o treino como válvula de escape estratégica para pressões profissionais.

O futuro da Educação Física

Para Rafael Florêncio, o diferencial do educador físico moderno está no "olhar humano". Ele defende que os profissionais da área precisam entender de comportamento humano e saúde mental tanto quanto de fisiologia. "Quem não souber lidar com a mente, será substituído por tecnologia", alerta. 

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Integrado a redes de apoio com psicólogos, ele acredita que a Educação Física deve ocupar um papel central nas políticas públicas de saúde mental no Brasil, oferecendo uma alternativa saudável e acessível ao estresse crônico da vida moderna.

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