Variedades
A campanha lançada em meados de 1967 ajudou a definir o tom emocional das propagandas de fim de ano da rede varejista, que reutiliza o jingle anualmente
A campanha 'Dezembro Vem o Natal' foi criada em 1967 pelas Casas Pernambucanas / Reprodução
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A campanha de Natal das Casas Pernambucanas atravessou décadas e se consolidou como uma das mais emblemáticas da publicidade brasileira. Criado em 1967, a obra “Dezembro Vem o Natal” apresentou ao público um jingle que ultrapassou o objetivo comercial e passou a integrar a memória afetiva de gerações.
Com versos que evocam encontros, presentes, carinho e esperança, a música ajudou a transformar o Natal em um momento de emoção compartilhada e não apenas de consumo. A letra destaca valores universais como a união da família, a chegada dos amigos, a partilha e a celebração da paz.
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Ao associar esses sentimentos à experiência de presentear, a campanha fortaleceu o vínculo emocional entre a marca e seus consumidores, posicionando a Pernambucanas como parte do ritual natalino dos brasileiros. O refrão com votos de um “Feliz Natal” ampliou essa ligação para além do lar, criando uma mensagem coletiva de afeto e renovação.
Com o passar dos anos, o jingle foi preservado, regravado e atualizado, reforçando seu caráter simbólico e sua força nostálgica. Essa continuidade ajudou a transformar a música em um verdadeiro patrimônio emocional da marca. Reconhecido como um dos primeiros grandes sucessos da propaganda nacional, o filme integra hoje o Memorial Pernambucanas, mantido pela empresa em São Paulo.
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Segundo registros do Clube do Jingle, a criação de “Dezembro Vem o Natal” é de Chico de Oliveira, com produção da agência Pauta. Mais de meio século depois, a campanha segue como exemplo de como a publicidade pode ultrapassar gerações ao apostar em sentimentos genuínos, tradição e identificação emocional com o público.