A medida de Jay-Z interrompe a trajetória da cantora virtual Tocanna / Reprodução/Redes Sociais
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O sucesso “São Paulo”, que vinha circulando em festas e viralizando nas redes sociais, foi retirado das plataformas digitais após decisão de Jay-Z, autor do clássico “Empire State of Mind”.
A medida interrompe a trajetória da cantora virtual Tocanna, personagem criada por inteligência artificial que acumulava milhões de streams e presença em playlists de destaque.
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A música, lançada como uma versão brasileira do hit nova-iorquino, ganhou fama rápida com letras fortes e refrão marcante, mas também trouxe à tona discussões sobre direitos autorais e os limites do uso de IA na indústria musical.
A canção reproduzia a estrutura da obra de Jay-Z e Alicia Keys, adaptando-a à realidade paulistana em versos críticos e de humor ácido.
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O resultado conquistou o público, mas também atraiu atenção jurídica. Segundo a criadora, o rapper exigiu créditos pela referência explícita à sua composição, o que levou à exclusão do hit das plataformas.
Apesar do tom paródico, a situação expõe um campo nebuloso: artistas virtuais e produtores independentes que utilizam melodias consagradas ainda enfrentam barreiras legais para distribuir suas criações.
Tocanna foi idealizada pelo designer gráfico Gustavo Sali, em 2024, como uma experiência de humor musical. Com estética inspirada no tucano, a cantora fictícia ganhou vida com vozes e arranjos produzidos por inteligência artificial.
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Em pouco tempo, conquistou 190 mil seguidores no Instagram, 129 mil no TikTok e espaço em playlists de Spotify e Apple Music.
O projeto evoluiu para além da música: Tocanna passou a ser retratada em eventos, montagens com celebridades reais e paródias de outros sucessos internacionais. O auge veio com “São Paulo”, agora suspenso das plataformas, mas que consolidou a personagem como fenômeno da cultura pop digital.
Mesmo diante da remoção, o criador da personagem afirma que pretende expandir Tocanna para outros formatos, como séries, filmes e conteúdos digitais.
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O caso, no entanto, reacendeu o debate sobre até onde a IA pode avançar no cenário artístico sem esbarrar em direitos autorais e na necessidade de regulamentação.