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Maior risco de câncer precoce atinge esta geração; entenda o caso

Especialistas alertam sobre fatores que aumentam em 79% o risco de tumores precoces; identifique se você está incluso

Nathalia Alves

Publicado em 13/11/2025 às 13:30

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Pesquisa global mostra aumento alarmante de tumores em pessoas de 30 a 40 anos; veja se você faz parte do grupo de risco / Reprodução/Unsplash

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Nativos da era digital, os millennials (nascidos entre 1981 e 1995) enfrentam um alerta preocupante: são a geração com maior risco de desenvolver câncer em comparação com seus pais. 

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Entre 1990 e 2019, os casos de tumores de início precoce aumentaram 79% globalmente entre menores de 50 anos, com mortalidade 28% maior.

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Cerca de 80% dos cânceres são “esporádicos”, ou seja, originam-se não por herança genética, mas por fatores externos que danificam o DNA ao longo do tempo. Confira abaixo os 5 fatores mais prejudiciais para essa geração: 

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Millennials: Entre 1990 e 2019, os casos de tumores de início precoce aumentaram 79% globalmente entre menores de 50 anos, com mortalidade 28% maior./ Unsplash
Millennials: Entre 1990 e 2019, os casos de tumores de início precoce aumentaram 79% globalmente entre menores de 50 anos, com mortalidade 28% maior./ Unsplash
Obesidade: O consumo de alimentos ultraprocessados provocam mudanças significativas na microbiota intestinal, reduzindo a diversidade bacteriana e aumentando a proporção de cepas que produzem metabólitos pró-inflamatórios, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de células cancerígenas/ Unsplash
Obesidade: O consumo de alimentos ultraprocessados provocam mudanças significativas na microbiota intestinal, reduzindo a diversidade bacteriana e aumentando a proporção de cepas que produzem metabólitos pró-inflamatórios, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de células cancerígenas/ Unsplash
Álcool: Os millennials apresentam maior frequência de episódios de consumo excessivo.

Enquanto por anos persistiu o mito de que uma taça de vinho teria efeitos protetores, a ciência contemporânea é clara: não existe nível seguro de consumo de álcool./Unsplash
Álcool: Os millennials apresentam maior frequência de episódios de consumo excessivo. Enquanto por anos persistiu o mito de que uma taça de vinho teria efeitos protetores, a ciência contemporânea é clara: não existe nível seguro de consumo de álcool./Unsplash
Sono: A qualidade do sono representa outra frente de preocupação. Pesquisas consistentes demonstram que millennials e a geração Z dormem, em média, entre 30 e 45 minutos a menos por noite comparado aos baby boomers.

A exposição noturna a telas e o engajamento em mídias sociais são apontados como principais responsáveis por essa privação de sono/ Unsplash
Sono: A qualidade do sono representa outra frente de preocupação. Pesquisas consistentes demonstram que millennials e a geração Z dormem, em média, entre 30 e 45 minutos a menos por noite comparado aos baby boomers. A exposição noturna a telas e o engajamento em mídias sociais são apontados como principais responsáveis por essa privação de sono/ Unsplash
Estresse: Os millennials destacam-se como a geração com os níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Quando mantido em níveis cronicamente elevados, o cortisol promove resistência à insulina e hipertensão, além de enfraquecer significativamente o sistema imunológico/ Unsplash
Estresse: Os millennials destacam-se como a geração com os níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Quando mantido em níveis cronicamente elevados, o cortisol promove resistência à insulina e hipertensão, além de enfraquecer significativamente o sistema imunológico/ Unsplash
Automedicação: As gerações mais recentes demonstram uma tendência crescente à automedicação, representando novos riscos tanto em curto quanto em longo prazo. O uso frequente de paracetamol está associado ao aumento de danos hepáticos e possível elevação do risco de câncer de fígado/ Unsplash
Automedicação: As gerações mais recentes demonstram uma tendência crescente à automedicação, representando novos riscos tanto em curto quanto em longo prazo. O uso frequente de paracetamol está associado ao aumento de danos hepáticos e possível elevação do risco de câncer de fígado/ Unsplash

Obesidade

A alimentação emerge como um dos fatores mais determinantes nessa equação. A obesidade infantil começou sua trajetória ascendente na década de 1980, e em 2022, a Organização Mundial da Saúde registrou que mais de 390 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos estavam acima do peso, sendo 160 milhões classificados como obesos.

As consequências vão além do peso corporal: as dietas ricas em alimentos ultraprocessados provocam mudanças significativas na microbiota intestinal, reduzindo a diversidade bacteriana e aumentando a proporção de cepas que produzem metabólitos pró-inflamatórios, criando um ambiente propício ao desenvolvimento de células cancerígenas.

Veja no vídeo do Dr Rogério Leite sobre a relação entre câncer e obesidade

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O álcool

O consumo de álcool representa o segundo grande fator de risco. Enquanto por anos persistiu o mito de que uma taça de vinho teria efeitos protetores, a ciência contemporânea é clara: não existe nível seguro de consumo de álcool. A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) classifica as bebidas alcoólicas no Grupo 1 de carcinógenos, mesma categoria do tabaco.

O mecanismo é conhecido: o etanol é metabolicamente transformado em acetaldeído, um composto que causa danos diretos ao DNA.

Os padrões de consumo também diferem entre gerações, enquanto os baby boomers (De 1946 a 1964) tendem a consumir álcool diariamente, os millennials apresentam maior frequência de episódios de consumo excessivo concentrado em eventos sociais.

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Qualidade do sono

A qualidade do sono representa outra frente de preocupação. Pesquisas consistentes demonstram que millennials e a geração Z dormem, em média, entre 30 e 45 minutos a menos por noite comparado aos baby boomers.

A exposição noturna a telas e o engajamento em mídias sociais são apontados como principais responsáveis por essa privação de sono.

A luz artificial suprime a secreção de melatonina, um hormônio com notáveis propriedades antioxidantes e reguladoras do ciclo celular. A privação crônica de sono não apenas compromete os mecanismos de reparo do DNA como também reduz os efeitos protetores da melatonina contra o desenvolvimento de câncer.

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O estresse 

Os millennials destacam-se como a geração com os níveis mais elevados de cortisol, o hormônio do estresse. Quando mantido em níveis cronicamente elevados, o cortisol promove resistência à insulina e hipertensão, além de enfraquecer significativamente o sistema imunológico.

Estudos demonstram que o estresse crônico aumenta os processos inflamatórios, dificulta a eliminação de células anormais pelas defesas naturais do organismo e pode até mesmo reativar células tumorais que estavam em estado de dormência.

Outras pesquisas revelaram que pessoas submetidas a altas cargas de estresse apresentam até o dobro do risco de morrer por câncer comparado aquelas que gerenciam melhor o estresse.

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Automedicação

As gerações mais recentes demonstram uma tendência crescente à automedicação, representando novos riscos tanto em curto quanto em longo prazo. O uso frequente de paracetamol está associado ao aumento de danos hepáticos e possível elevação do risco de câncer de fígado.

Os contraceptivos orais, utilizados por períodos prolongados devido ao adiamento da maternidade, aumentam discretamente os riscos de câncer de mama e colo do útero, embora ofereçam proteção contra o câncer de ovário e endométrio.

Da mesma forma, o uso prolongado de antiácidos e antibióticos tem sido associado a maior risco de cânceres digestivos através de mecanismos indiretos, como a produção de compostos carcinogênicos ou o desenvolvimento de disbiose intestinal.
 

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