Kanye West / Reprodução
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O show do rapper norte-americano Kanye West, também conhecido como Ye, agendado para 29 de novembro em São Paulo, segue sem local definido a apenas 21 dias da data. A apresentação, inicialmente prevista para o Autódromo de Interlagos, teve seu acordo revogado unilateralmente pela Prefeitura da capital paulista.
Apesar do impasse, os organizadores garantem a realização do evento devido ao valor do cachê, que teria sido de US$ 5 milhões (quase R$ 27 milhões). "É um valor de cachê muito alto que foi pago, não tem como cancelar o show, ele tem que acontecer", afirmou Guilherme Cavalcante, um dos sócios, à Folha de S.Paulo.
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Cavalcante acusa a gestão municipal de "sacanagem" e "descaso" por desistir do local após a confirmação do pagamento do cachê ao artista. "Só pagamos o artista porque eles confirmaram o local. Como você dá uma guia de pagamento e confirma o local, num show gigantesco, caro para caramba? O descaso deles é absurdo", disse o promotor.
Em nota enviada ao jornal, a Prefeitura de São Paulo, comandada por Ricardo Nunes (MDB), confirmou a revogação do termo, alegando que os organizadores não informaram previamente qual artista seria contratado.
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"A atual gestão não compactua com qualquer conduta criminosa de apologia ao nazismo e/ou racismo e, por isso, não permitirá eventos com essa conotação em equipamentos municipais", declarou a Prefeitura, citando o histórico de polêmicas de Ye, que inclui declarações antissemitas e racistas.
A organização do show, que já teria vendido cerca de 30 mil ingressos, negocia agora com a Live Nation para levar o espetáculo ao Estádio do Morumbi, e não descarta a inclusão de Kanye West em um dia do festival de trap Cena, na Neo Química Arena.
Os promotores afirmam que estariam preparados para coibir manifestações nazistas e que o próprio Ye tem se retratado publicamente. O rapper chegou a pedir desculpas em Nova York pelos comentários antissemitas feitos ao longo do ano.
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