Trata-se da Ilha de Bardsey, também chamada de Ynys Enlli, no País de Gales / Robert Powell/Wikimedia Commons
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A busca por uma rotina mais tranquila, distante do ritmo acelerado das redes sociais, acaba de ganhar um novo capítulo. Uma ilha remota no Reino Unido abriu uma vaga de trabalho que promete transformar a vida de quem topar deixar tudo para trás e mergulhar em um cotidiano simples, silencioso e cercado pela natureza. A remuneração anual pode chegar a R$ 195,8 mil, além de moradia inclusa.
Trata-se da Ilha de Bardsey, também chamada de Ynys Enlli, no País de Gales. O local, com apenas três moradores fixos, não possui iluminação artificial externa, nem sinal de internet fora das casas.
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A vida por lá gira em torno das ovelhas, das paisagens preservadas e de um céu estrelado tão extraordinário que, em 2023, rendeu ao território o título de primeiro Santuário Internacional de Céu Escuro da Europa.
A ilha tem 2,4 quilômetros de extensão e 800 metros de largura, com energia autossuficiente e abastecimento de água feito diretamente por poço. Sem televisão, o tédio dá lugar ao trabalho direto com aproximadamente 200 ovelhas e 25 cabeças de gado Welsh Black.
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É esse, justamente, o foco da vaga aberta pelo Bardsey Island Trust. A organização busca um casal ou família para assumir a função de agricultores de conservação, cuidando dos rebanhos, das máquinas agrícolas, das cercas e das áreas de preservação ambiental.
A posição exige experiência prévia em agricultura e manejo de animais, além de habilidades com maquinário rural. Fluência em galês não é obrigatória, mas conta pontos. O contrato tem duração de até cinco anos, com início previsto para setembro de 2026.
A remuneração estimada é de 27 mil libras anuais – cerca de R$ 195,8 mil – além da moradia em uma casa off-grid com três quartos.
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Outras fontes de renda podem surgir por meio de horta, café local, pesca de lagosta ou pequenos negócios voltados aos visitantes que frequentam as dez casas de temporada da ilha entre março e outubro.
Viver em Bardsey significa aceitar um cotidiano isolado. O acesso por barco é restrito, principalmente no inverno, e a comunidade local é diminuta.
Por outro lado, a ausência de poluição luminosa oferece noites únicas, com visões nítidas da Via Láctea e de constelações raramente observadas no continente. A luz artificial mais próxima está em Dublin, a mais de 110 quilômetros.
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As inscrições ficam abertas até 4 de janeiro de 2026. Interessados devem enviar currículo e carta de apresentação para [email protected]. Os finalistas participarão de entrevistas presenciais em Pen Llŷn e, posteriormente, de uma etapa prática na própria ilha.
Uma oportunidade singular, pensada para quem sonha em trocar a hiperconectividade por vento, mar, estrelas – e algumas centenas de ovelhas como novas vizinhas.