Pesquisadores descobriram que em 98 hospitais chineses, entre os anos de 2009 e 2019, dois pacientes haviam sido infectados por fungos que não haviam atingido os seres humanos ainda / Ekaterina Belinskaya/Pexels
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Por conta do sistema imunológico dos seres humanos ser muito hábil na proteção contra o grupo de patógenos, apenas 20 espécies de fungos, dentre as milhares, podem infectar o corpo humano. Segundo um recente estudo, este número pode aumentar por conta da constante evolução que vem acontecendo entre eles por conta da mudança climática. O estudo foi publicado por autores na revista revista Nature Microbiology, no último mês de junho.
Pesquisadores descobriram que em 98 hospitais chineses, entre os anos de 2009 e 2019, dois pacientes haviam sido infectados por fungos que não haviam atingido os seres humanos ainda.
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Após armazená-los em laboratórios, os estudiosos descobriram que os fungos conseguem infectar camundongos com o sistema imunológico comprometido, e que o mesmo poderia acontecer com pacientes na mesma condição.
Isso se dá por conta das novas espécies de fungos R.Fluviailis e R. Nylanii aguentarem bem a alta temperatura corporal de 37ºC, pelas quais também aumentaram na taxa de mutações nas colônias de fungos, em comparação com temperaturas mais frias de 25ºC. O que logo os faz serem mais resistentes a medicamentos antifúngicos.
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Segundo os autores do quadro, a condição tem favorecido os fungos a desenvolverem resistência a medicamentos e virulência (a capacidade de causar doenças). Já outros estudos mostraram que algumas espécies de fungos podem crescer em temperaturas mais altas do que podiam há décadas.
Recentemente cientistas identificaram alguns patógenos fúngicos, dentre eles a Candida auris, que apareceram por conta do aumento da temperatura do solo em todo o mundo.
Já foram detectados casos na Espanha, em Portugal e no Canadá, de fungos resistentes a medicamentos. Neste cenário, a dificuldade é que eles são organismos eucarióticos, assim como os mamíferos. Por conta disso, qualquer novo remédio pode acarretar em efeitos colaterais para os seres humanos, que estão em tratamento. Nesse cenário, teremos de esperar um tempo mais extenso para que eles funcionem.
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