Fenômeno ultra raro deve atingir e colorir os céus do hemisfério sul ainda nesta terça

O céu do hemisfério sul, principalmente na região da Austrália, pode ganhar tons de verde, roxo e rosa ainda nesta terça-feira (9), caso as previsões para o retorno da Aurora Australis se confirmem. Considerado um dos fenômenos naturais mais raros e impressionantes do planeta, o espetáculo pode voltar a iluminar a noite quase um mês após sua última exibição.

A expectativa foi reforçada após análises de astrônomos australianos indicarem condições favoráveis para a formação das luzes do sul. 

Embora imprevisível e dependente de intensa atividade solar, o fenômeno pode surgir logo após o pôr do sol, criando um cenário que, quando aparece, costuma surpreender até observadores experientes.

Expectativa alta, mas sem garantia

O professor associado de Astronomia e Física da Universidade Monash, Michael Brown, voltou a lembrar que a Aurora Australis é famosa por sua instabilidade. 

Ele explica que o fenômeno “não segue uma fórmula exata”, o que torna impossível prever com precisão a hora em que poderá surgir. Ainda assim, afirma que as chances para esta noite são consideradas boas.

Experiências anteriores mostram que, mesmo com a poluição luminosa das grandes cidades, a aurora já foi vista por milhares de australianos – principalmente em áreas costeiras e pontos com visão aberta para o sul. 

Quando extremamente brilhante, o fenômeno pode ser observado mesmo em regiões mais iluminadas.

Onde as chances são maiores

Locais afastados de centros urbanos continuam sendo a melhor aposta para quem deseja tentar observar o fenômeno. Mirantes, praias e áreas com pouca interferência luminosa, especialmente aquelas com vista desimpedida para o horizonte sul, ampliam as chances de visibilidade.

Grupos de observadores nas redes sociais também costumam atualizar informações em tempo real, auxiliando quem deseja acompanhar o possível retorno das luzes nesta noite.

Um mês desde o último brilho

A última aparição da Aurora Australis ocorreu há quase um mês, quando cores vibrantes dominaram o céu e viralizaram entre moradores da Austrália. 

Agora, o fenômeno pode retornar com intensidade semelhante, dependendo da combinação entre clima favorável e atividade solar.